Economia Titulo Previsão
Ritmo menor do PIB traz cenário benigno para IPCA
20/07/2010 | 07:17
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Depois do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentar de janeiro a maio pressões vigorosas, especialmente de alimentos, economistas esperam que o indicador apresente no segundo semestre comportamento menos altista do que o apurado na primeira metade do ano, quando o índice subiu 3,07%, marca apenas 1,43 ponto percentual menor que a meta de inflação de 4,5% para todo o ano.

Para os especialistas, a desaceleração do nível de atividade desde o segundo trimestre desenha perspectivas mais favoráveis à inflação no decorrer do ano, o que começa a abrir a possibilidade do BC (Banco Central) atenuar a elevação dos juros em outubro.

As consultorias LCA, Tendências e Rosenberg e Associados e o Santander esperam que o IPCA tenha alta, respectivamente, de 1,94%, 2,19%, 2,31% e 2,34% no segundo semestre. Para Fábio Romão, economista da LCA, a taxa pouco inferior a 2% de julho a setembro é coerente com o desempenho do índice naquele período nos últimos anos, pois subiu 2,32% na segunda metade de 2007, atingiu 2,17% em 2008 e chegou a 1,71% nos últimos seis meses de 2009. Cabe ressaltar que no ano passado, a inflação ficou menor em função da retração de 0,2% do PIB.

Para julho, os especialistas acreditam que os alimentos devem concluir a contribuição deflacionária sobre o IPCA que foi iniciada em junho, quando aquela categoria de produtos caiu 0,90% e colaborou para que o índice ficasse estável ante maio. Segundo Romão, a queda dos alimentos será menor neste mês, mas mesmo assim deve registrar retração de 0,45%, o que deve levar o IPCA a alta de 0,12% neste mês.

Tatiana Pinheiro espera queda dos alimentos de 0,20%, o que deve ajudar para que o índice cheio suba 0,18%. O economista da Tendências, Gian Barbosa, estima que o indicador deve subir 0,20% em julho, enquanto o analista da Rosenberg Felipe Insunza aguarda uma elevação entre 0,23% e 0,33%.




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