Sem Robinho, contundido, o técnico Dorival Júnior definiu o alvo do Santos contra o Remo, às 21h de hoje, no Estádio Magueirão, em Belém, pela Copa do Brasil: eliminar o confronto de volta. Seria preciso marcar dois gols de diferença, segundo estipula o regulamento.

O departamento médico do Alvinegro prevê de sete a dez dias de tratamento para que Robinho esteja recuperado completamente da contusão muscular na coxa esquerda. Assim, o Rei das Pedaladas desfalca o mistão que, sábado, inaugura o estádio do Red Bull New York, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.

O contrato dos organizadores não impõe a presença do atacante da Seleção Brasileira, mas do garoto Neymar. Já o centroavante Marcel, emprestado pelo Benfica, já se recuperou de cirurgia no joelho esquerdo e compõe o grupo na viagem prevista para amanhã.

Os titulares reaparecem domingo no Pacaembu, às 19h30 - e não mais na Vila Belmiro, segundo anunciou ontem a FPF - para enfrentar o Ituano.

"Queremos evitar o segundo jogo. Isso nos permitiria descansar uma semana, mas o número de gols não deve nos preocupar nem aumentar ainda mais a nossa responsabilidade. Tudo acontece naturalmente", analisa Dorival Júnior, ao referir-se aos anfitriões de hoje à noite no Mangueirão.

A presença de um campeão mundial é o destaque do Remo no duelo. O lateral Índio, que levantou a taça em 2000 pelo Corinthians, está confirmado no time.

NEYMAR - A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo não aliviou ao apresentar denúncia contra Neymar. Ele terá de responder pela agressão ao volante Pierre no clássico diante do Palmeiras na Vila, O relatório do árbitro Antônio Rogério do Prado também o acusa de recorrer a palavras consideradas pesadas para ofendê-lo no momento em que o atacante saiu expulso ao agredir o adversário.

Neymar está denunciado em dois artigos combinados - o 254-A e o 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Ganso reencontra os amigos de infância

O paraense Paulo Henrique Ganso, 20 anos, estreia hoje na terra de origem. Em 2005, o badalado meia do Santos, revelado no futsal da Tuna Luso, mudou-se de lá para tentar a sorte no Sul. Às 21h de hoje, ele debuta como profissional no Estádio Olímpico, o Mangueirão. Parentes e amigos estarão nas arquibancadas para incentivá-lo. Os pais vieram de Santos. "Meu telefone toca o tempo todo. Não param de pedir ingressos", revelou Paula Chagas Lima, irmã do atleta, ao falar do assédio.

Além dos familiares que residem no Litoral, Ganso terá a presença de outra irmã, Del, além de sobrinhas e de ex-adversários no futebol de salão, que também prometem ir ao estádio para ver o famoso astro. "Ele já era diferenciado nos tempos em que jogava na base. Continua humilde, apesar do talento que o levou a subir na carreira". afirmou o amigo Matheus Mangabeira.

As pessoas que o conheceram em Ananindeua - cidade a somente 19 quilômetros da capital paraense - sempre elogiam a postura exemplar, o comportamento e o jeito simples de Ganso. Contam que o garoto recebia notas boas na escola. Que se mostrava bem aplicado. A diretora Ozete Menezes, que lá estava para se orgulhar do ídolo do Santos e dos torcedores locais, disse que Henrique - é assim que o chamavam naquela época - era um aluno que servia de referência. Que nunca deu trabalho aos professores. Tanto é que o colocaram no bloco dos bons alunos. Carregava uma pequena bola na mochila para brincar durante o recreio.

"Tomara que ele pegue leve. Quero que o Henrique vá bem, mas que o Remo faça o jogo de volta", brincou o amigo Rudd Anais. Ele assume tanta fidelidade ao colega que um dia virou estrela no País do futebol.