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Fé move Ramalhão na reta final

Jogadores buscam força na religião e dizem acreditar
em milagre para escapar do rebaixamento para Série B

Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
28/11/2009 | 07:00
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Em um momento delicado como o vivido pelo Santo André no Campeonato Brasileiro, vale tudo para fugir do rebaixamento à Série B. Inclusive apelar para a fé. Nada demais para um clube que está acostumado a obter milagres, principalmente nesses últimos anos.

A primeira bênção a ser lembrada aconteceu no dia 1º de julho de 2001, em jogo contra o Ituano, no Estádio Bruno Daniel. Aos 48 minutos do segundo tempo, o volante Adãozinho, de pênalti, marcou o gol que garantiu o acesso andreense à Série A-1 do Paulista.

Já em 2003, Santo André foi abençoado em duas oportunidades. A primeira delas no dia 25 de janeiro, em pleno Estádio do Pacaembu, ao vencer o Palmeiras nos pênaltis, por 5 a 3 (após empate por 2 a 2 no tempo normal) e calar a massa palmeirense presente.

No dia 7 de dezembro do mesmo ano, foi a vez de calar 40 mil paraibanos que empurravam o Campinense pela Série C do Brasileiro, ao vencer, de virada, por 2 a 1 (gols de Tássio e Marcos Denner) e comemorar o acesso à Série B.

Outros dois milagres aconteceram nos anos seguintes. Em 2004, no dia 30 de junho, faturou o título mais importante da história do clube, ao bater o Flamengo por 2 a 0 e deixar os quase 72 mil flamenguistas no Maracanã calados. Por fim, em 24 de novembro de 2007, venceu o Ceará por 2 a 1 (gols de Jaílson e Willians), em Fortaleza, e garantiu a permanência na Série B do nacional.

Agora, além de ter de superar Náutico e Inter nas duas rodadas restantes, o Ramalhão tem de torcer contra Fluminense, Botafogo, Coritiba e Atlético-PR. Uma missão digna de novo milagre, mas os jogadores e o técnico Sérgio Soares acreditam ser possível.

"O Santo André é um time que cresce nas dificuldades e pode mostrar mais uma vez que tem condições de reverter a má situação", destacou o técnico Sérgio Soares, que viveu no clube duas das situações citadas anteriormente, como jogador contra o Campinense, e no banco de reservas diante do Flamengo. "Acreditamos porque sabemos que dentro de uma combinação de resultado estamos fora do rebaixamento", emendou o treinador.

Para Elvis, que também esteve nos mesmos feitos do treinador, enquanto houver possibilidade não vai faltar disposição. "São lembranças boas que devemos tirar proveito, mas cada situação é diferente e vamos ver o que vai acontecer agora. Faremos nossa parte, para depois esperar os outros resultados", disse o meia.

O goleiro Neneca, um dos jogadores mais religiosos do elenco, tem uma série de rituais antes e durante os treinos e jogos. "Faço orações, peço proteção para que ocorra tudo bem para mim, para meus companheiros e adversários, e que me capacite em campo para desenvolver um bom trabalho", disse o camisa um, que afirmou o olhar especial de Deus por um de seus santos: o André. "Torço para que ele olhe com um carinho especial para nós", comentou.

VISITA - Cerca de 80 crianças e adolescentes entre sete e 17 anos da ONG Estrela Dalva, da Vila João Ramalho, em Santo André, compareceram ontem ao treino no Bruno Daniel. Entre fotos e elogios, levaram sobretudo força ao elenco andreense.

Sérgio Soares deve optar por Nunes contra o Náutico

O Santo André realizou ontem à tarde, no Estádio Bruno Daniel, o coletivo que praticamente definiu a equipe para o jogo de amanhã, às 17h, contra o Náutico, pela 37ª rodada do Brasileirão.

Entre as dúvidas que ficaram implícitas durante os demais treinamentos da semana, o técnico Sérgio Soares praticamente definiu a escalação com Nunes de volta ao comando de ataque andreense ao lado de Wanderley, enquanto Camilo e Marcelinho seriam os responsáveis por alimentar o ataque.

Rodriguinho, que teve atuação destacada na vitória sobre o Avaí, vira opção, mas sua entrada de início não está descartada, já que o atacante participou da segunda parte do coletivo entre os titulares.

INGRESSOS - Estão à venda os ingressos para a partida entre Santo André e Náutico. Os preços seguem R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), nos três setores do estádio. A torcida andreense ficará localizada nas cadeiras cobertas e parte da arquibancada, enquanto os visitantes ficarão à direita das cabines de rádio e televisão.




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