Em setembro de 2008, a General Motors Corporation, dos EUA, comemorava aniversário de 100 anos de fundação. No entanto, a matriz norte-americana não tinha muitos motivos para festejar. A companhia vivia dificuldades que foram agravadas pelo cenário da crise financeira.

Perdas bilionárias e uma dívida que chegava a US$ 27 bilhões fizeram com que a empresa corresse contra o tempo, em busca de recursos para não quebrar. No início deste ano, o grupo chegou a receber ajuda do governo federal de US$ 13,4 bilhões e, com isso, ganhou fôlego para atravessar o primeiro trimestre. No entanto, havia a necessidade de um plano de reestruturação para que o governo fizesse novos aportes.

Em agosto, a montadora entrou em concordata e, depois de 40 dias, apresentou plano de apoio estatal em que transferiu seus principais ativos para uma nova empresa (GMC), que passou a ter participação do governo dos Estados Unidos e do Canadá.
 
NO BRASIL
No Brasil, até setembro de 2008, os resultados da GM eram animadores. As operações latino-americanas registravam lucro, e o País era o maior responsável por isso.

No entanto, a recessão em outros países fez a empresa suspender por dez dias a produção, em outubro, dando férias coletivas aos funcionários. A medida foi repetida – pela montadora e por outras fabricantes – uma série de vezes, por conta do encolhimento das vendas internas.

No início deste ano, o clima ficou tenso com a decisão da empresa de demitir 1.633 funcionários temporários.

Só mais recentemente, a produção voltou a crescer, o que levou a contratações na fábrica de São Caetano.