Cultura & Lazer Titulo Em 3D
Museu Nacional do Rio cria acervo virtual
22/06/2009 | 08:24
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A sacerdotisa Sha-amun-em-su foi mumificada há 2,7 mil anos e seu sarcófago nunca foi aberto. Mesmo assim, em breve, será possível aos visitantes do Museu Nacional, no Rio, observar o interior do esquife, ver a múmia e até mesmo parte dos ossos - e o sarcófago permanecerá intocado. Pesquisadores do museu, que pertence à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e do INT (Instituto Nacional de Tecnologia), também no Rio, desenvolveram uma técnica que permite criar uma réplica em tamanho natural com base em um scanner tridimensional a laser e portátil.

O projeto, que tem financiamento da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), prevê que todas as peças da coleção de paleontologia e egiptologia do Museu Nacional - que possui o maior acervo do gênero na América Latina - sejam digitalizadas em três dimensões e fiquem expostas em um museu virtual. A técnica, desenvolvida no Laboratório de Modelos Tridimensionais do INT, capta as imagens da superfície das peças do acervo - múmias, mobílias, fósseis, dinossauros - com o auxílio de scanners. Tomografias de última geração permitem observar o interior dos objetos.

Essas imagens são tratadas no computador e impressas em uma espécie de impressora tridimensional. Ao fim do processo, o que se tem é a réplica em resina, no tamanho que interessar ao pesquisador. "Teremos um levantamento tridimensional de toda a coleção. Isso permitirá o intercâmbio com instituições de pesquisa de outros Estados ou outros países", explica o desenhista industrial do INT Jorge Lopes, que coordena o trabalho de captura das imagens. "Esse é um trabalho pioneiro no mundo", completa o especialista do INT. Apesar de todas as peças da coleção serem digitalizadas em três dimensões (3D), nem todas ganharão réplicas em resina.




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