Economia Titulo No vermelho
Autopeças têm de se fundir, diz ministro do Desenvolvimento
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
14/04/2009 | 07:00
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Em março, as montadoras recuperaram parte de suas exportações em comparação a fevereiro. As autopeças, entretanto, mantiveram os níveis negativos em relação ao mesmo período no ano anterior. Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, o segmento de autopeças - geralmente composto por micro e pequenas empresas - precisa ser reestruturado em busca de maior escala e produtividade.

"Tem de haver fusão. Uma fábrica de autopeças não pode ser pequena, esse mercado é muito competitivo para que as pequenas sobrevivam, principalmente em um mercado tão difícil como hoje. Temos que discutir no fórum como este setor se organiza melhor e como fazer para que ele tenha mais acesso ao financiamento", disse o ministro em evento na Amcham (Câmara Americana de Comércio) sobre as perspectivas da indústria automobilísca neste ano.

Jorge acredita que o mercado interno deve suprir boa parte da produção por conta da medida do governo de prorrogar a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). "As perspectivas para a indústria automotiva brasileira são muito melhores do que se previa no final do ano passado. Temos indicações de que as vendas internas de automóveis e comerciais leves igualarão o desempenho de 2008". Na opinião de Décio de Almeida, diretor-presidente do Banco Volksvagem, entretanto, é necessária a prorrogação do IPI mais uma vez para que os financiamentos continuem sendo feitos. Em relação ao volume de carros nos páteos das montadoras, segundo Marcos de Oliveira, presidente da Ford do Brasil e do Mercosul, as férias coletivas nas montadoras e a redução da produção estabilizaram os estoques. Isso sinalizaria uma retomada na atividade das autopeças.  




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