A Prie (Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento) de fevereiro, realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), revela que 38,5% dos paulistanos têm algum tipo de aplicação. O volume é 1,2% acima dos 37,3% registrados em janeiro.

Apesar da pequena elevação, o valor ainda é inferior ao patamar recorde apontado em outubro do ano passado, quando 50,2% do total de consumidores em São Paulo tinha algum tipo de aplicação. De acordo com a Fecomercio-SP, o número atual mostra sinais de recuperação gradual com a quitação dos parcelamentos tradicionais das festas. O nível já foi maior, mas o cenário ainda é bastante razoável e afasta risco imediato de superexposição do mercado de crédito à inadimplência crônica.

Poupança (76%) e renda fixa (13,6%) continuam sendo as aplicações preferidas dos paulistanos, somando 89,6% do total. Muito distantes estão as carteiras de previdência privada (4,4%), de ações (2,5%) e outras (3,6%).

Para a federação, o Brasil ainda é um país de perfil conservador nas aplicações e, a depender das interferências do setor público sobre empresas listadas na Bolsa, a tendência é de que isso não se altere no curto prazo. Ainda segundo a Prie, 11,1% dos paulistanos pretendem contrair financiamento nos próximos três meses, alta de 1,1% em relação a janeiro.