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Lupi teme demissões e cortes de salário
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
02/05/2008 | 07:02
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A proposta de redução da jornada de 44 para 40 horas semanais preocupa o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele teme que a mudança na legislação – sem participação do setor empresarial – cause demissões e cortes de salários.

A declaração de Lupi foi feita ontem durante a festa da Força Sindical em comemoração ao Dia do Trabalho, na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo. 

“A reivindicação é justa, mas é preciso que as negociações de cada setor sejam feitas diretamente com seus sindicatos pratronais para que haja consenso”, enfatizou.

Aproveitando o evento, Lupi parabenizou os trabalhadores e lembrou que foi lançado o novo modelo de carteira de trabalho, que agora é informatizada, sendo possível consultar informações sobre o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), seguro desemprego, cálculos referentes à aposentadoria, entre outros, que valem tanto para as novas carteiras quanto para as antigas.

Entre outros presentes, estava a ministra do Turismo, Marta Suplicy, que ao se pronunciar foi vaiada pelo público. “Muita gente aplaudiu, e um pequeno grupo vaiou, o que é natural.” Sobre sua possível candidatura à Prefeitura da Capital, a ministra se esquivou. “Quem está negociando isso é o presidente do partido. Não sou candidata oficial.”

 O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT) e o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) também compareceram.

Para Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força, o evento é uma boa oportunidade dos trabalhadores assinarem o abaixo-assinado a favor da redução de jornada. “Há 500 pessoas no meio da multidão passando a lista para assinaturas. A expectativa é de que a gente consiga 700 mil adesões pelo País.” No dia 29, o documento será apresentado à Câmara.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, acrescenta que mesmo priorizando essa reivindicação, os trabalhadores devem comemorar a questão da legalização das centrais, melhores condições de trabalho e ganhos reais em salário. “Afinal, são mais de 100 anos de luta.”

O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Heleno José Bezerra, também comemora. “Em 2003, eram 1,5 milhão de trabalhadores com carteira assinada. Hoje, já são cerca de 2,1 milhões.”



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