Moradores da Estrada do Montanhão, em São Bernardo, interditaram a rua, na manhã de ontem, em protesto contra a situação precária, “Ninguém aguenta mais viver no meio de tanta lama, entulhos, ratos e esgoto”, revela o auxiliar de limpeza Fausto da Costa Júnior, 33 anos.

Segundo os moradores, a tubulação da rua está entupida e a água de chuva, da obra do rodoanel e do esgoto escorrem pelo local o dia todo.

“Quando chove, além da enxurrada, descem paus, pedras, sujeiras, fica impossível de transitar aqui”, desabafa a esteticista Cilsa Evangelista, 55 anos,

O protesto teve início as 10h quando os moradores colocaram entulhos e pneus impedindo o tráfego de veículos.

A aposentada Aleci Gomes de Carvalho, 65 anos, conta que na sua casa a água do esgoto volta na pia da cozinha, “temos que lavar a louça nas bacias e jogar água na rua, além de aguentar o mal cheiro dentro de casa”.

Os moradores afirmam que é impossível manter as casas e as roupas limpas de tanta poeira e lama que invade as residências.

A dona de casa Marisa Ferreira de Andrade Spagnol, 49 anos, tem um filho de 9 anos que sofre de alergia a poeira, “ a saúde dele só piora com toda essa sujeira”.

A Polícia chegou no local e convenceu os manifestantes a não atearem fogo na barreira, pois isso prejudicaria os próprios moradores.

Depois de negociaram com o Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S.A, os manifestantes liberaram a rua por volta das 13h. Os caminhões da obra do rodoanel fizeram a retirada do bloqueio na pista, dos entulhos e a limpeza da rua.

Pedro Paulo Dantas do A. Campos, engenheiro responsável pelo lote 2 do rodoanel garantiu que irá agendar uma reunião com a Prefeitura e a Sabesp até o próximo dia 9 para resolver o problema. “Os três órgãos responsáveis devem se unir para encontrar uma solução concreta”.

A Sabesp afirma que o problema de vazamento nas galerias é causado pela obra que está movimentando muita terra fazendo entupir a tubulação

A Secretaria de Serviços Urbanos da Prefeitura informou que fará uma vistoria no local, mas que não existe no setor qualquer reclamação pendente quanto aos problemas citados.