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Aécio defende descentralização portuária

Candidato tucano à Presidência prevê que concessões ao setor privado aumentarão competitividade dos portos

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
04/09/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Candidato à Presidência da República pelo PSDB, o senador Aécio Neves defendeu ontem nova política de gestão do setor portuário do País, enfatizando que, se eleito, vai promover descentralização dos portos hoje geridos pelo governo federal.

“Isso permitirá que os investimentos voltem aos portos brasileiros. No que diz respeito à logística, buscaremos diminuir o custo Brasil, que faz com que os nossos portos sejam os mais caros”, comparou.

O postulante tucano acredita que o investimento privado é um dos caminhos para que os gargalos enfrentados atualmente nos portos sejam superados. “É essencial para produção mais competitiva. Nós teremos política externa que busque abrir novos mercados. Fugiremos desse alinhamento ideológico na nossa política externa, que benefício algum tem trazido”, defendeu.

O discurso de Aécio ocorreu durante caminhada pelas ruas de Santos, bem nas proximidades do maior do porto do País e que movimenta em torno de 100 milhões de toneladas de carga ao ano. O sistema portuário brasileiro é composto de 37 portos públicos, entre marítimos e fluviais. Desse total, 18 são delegados, concedidos ou têm sua operação autorizada por governos estaduais e municipais. Existem ainda 130 terminais de uso privativo.

No campo das propostas, o senador enfatizou que o sistema ferroviário e de hidrovia serão prioridades em seu governo. “Não tivemos avanços nos últimos anos no marco regulatório das nossas ferrovias, o que tem impedido que investimentos privados também ajudem a diminuir o custo de produção e de escoamento da produção no País”, discorreu.

ATIVIDADE
Aécio realizou atividade de corpo a corpo na tarde de ontem pelo Centro de Santos, acompanhado pelo candidato a vice-presidente da chapa tucana, o também senador Aloysio Nunes, e o governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, além do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

A ação foi marcada por grande confusão, principalmente pela grande concentração de correligionários. A cúpula se locomoveu com muita dificuldade, não conseguindo interagir com moradores e comerciantes, conforme estava planejado pela equipe da assessoria tucana.

Os problemas se agravaram com a chegada dos programas humorísticos Pânico e CQC, da TV Bandeirantes, que aguçou ainda mais o empurra-empurra e aglomeração.

Após 20 minutos no local, Aécio conseguiu apenas realizar refeição relâmpago em um bar nas proximidades, na companhia de Alckmin.

Pouco antes de desistir da atividade, o tucano proferiu ataques às suas rivais na corrida presidencial, a ex-senadora Marina Silva (PSB) e a presidente Dilma Rousseff (PT), Em Marina, a crítica ficou mais centrada no perfil da socialista. “A sua candidatura é uma sucessão de improvisos. Diz uma coisa hoje e o oposto amanhã, a partir de determinada pressão”.

Já em relação a Dilma, Aécio focou contestações ao modelo de gestão. “Estou convencido que a presidente da República vai perder a eleição em outubro, porque deixou o País em um quadro de inflação saindo do controle, recessão técnica e uma perda enorme de credibilidade.”




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