Quem mora de aluguel cujo contrato faz aniversário entre hoje e o fim de janeiro terá que desembolsar, a partir de fevereiro, 7,82% a mais para liquidar esta dívida mensal. Esta foi a variação acumulada em 12 meses encerrados em dezembro do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado).

Este indicador é utilizado na maioria dos contratos imobiliários do País. No Grande ABC, arrisca o delegado regional do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Alvarino Lemes, o índice está na totalidade dos acordos para locação.

"É um indicador visto com bons olhos pelos dois lados, tanto para locatário quanto para locador. Isso porque ele varia muito e pode beneficiar tanto os donos dos imóveis, quando tem elevações maiores, como os inquilinos, quando os percentuais são baixos", justifica Lemes.

Neste mês, os inquilinos que tiveram o contrato reajustado vão desembolsar a partir do mês que vem 7,09% a mais. Esta foi a variação do IGP-M de novembro, ou seja, 0,73 ponto percentual inferior ao resultado de dezembro. Em fevereiro, março e abril, por exemplo, os contratos foram reajustados em, consecutivamente, 3,43%, 3,23% e 3,65%. Em dezembro de 2011, 5,10%.

O IGP-M teve alta de 0,68% em dezembro e mudou o sentido da curva vista em novembro. No mês passado, o índice foi negativo em 0,03%, resultado considerado pelo coordenador de análises econômicas do Ibre, Salomão Quadros, com "rápida queda".

No mês, o subitem alimentos in natura, do subgrupo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), teve grande influência para elevar a inflação, com variação passando de -4,20%, em novembro, para 3,62% neste mês. As aves (8,91%), o milho em grão (5,90%) e o feijão em grão (9,42%) tiveram os maiores encarecimentos ao mercado no IGP-M.

O subgrupo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) passou de 0,33% para 0,73%. E o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) acelerou de 0,23% para 0,29%.