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Justiça condena assassina de casal

Alexandra do Carmo Silva recebe pena de 28 anos de prisão por morte no Clube de Campo

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
13/08/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Alexandra do Carmo Silva, 35 anos, foi condenada ontem a 28 anos de reclusão, em julgamento no Fórum de Santo André. Ela foi declarada culpada pela participação no assassinato do casal Everson Umbelino da Silva e Tayná dos Santos, no bairro Clube de Campo, em Santo André, em 2010. Os dois tinham, respectivamente, 20 e 15 anos quando foram mortos.

Outro suspeito de envolvimento no crime, Fernando Soares de Araújo, também seria julgado ontem, porém, o processo foi adiado sem previsão de data. O motivo foi o não comparecimento do advogado de defesa de Araújo.

A mãe de Everson, a auxiliar de cozinha Marlene Gomes da Silva, 44, ficou satisfeita. “Meu medo era que ela ficasse com a pena mínima de 12 anos. Porém, ela pegou quase a máxima, o que é um alívio, porque a Justiça foi feita.”

Marlene ficou revoltada com o depoimento de Araújo lido durante o julgamento. Ele afirmou que os disparos teriam sido efetuados em legítima defesa. “O meu filho era um rapaz muito trabalhador. O jeito que ele e a namorada foram mortos foi de uma crueldade enorme. Ele estava dormindo de bruços, o jeito que sempre dormia, e nem sequer teve tempo de reagir.”

Há mais dois suspeitos de envolvimento no caso, sendo que um ainda não foi identificado pela Polícia e o outro está foragido.

CRIME

O duplo assassinato aconteceu na madrugada de 24 de dezembro de 2010, na casa da família de Tayná. Alexandra foi abrigada pela mãe da adolescente na própria casa em que o crime aconteceu. As duas haviam se conhecido seis meses antes, em uma festa.

De acordo com a família de Tayná, Alexandra começou a trazer automóveis de modelos diferentes para guardar na garagem. Ela dizia que os carros eram de amigos, que os estariam revendendo.

Os vizinhos começaram a suspeitar e o proprietário pediu a casa, que era alugada, de volta. Quando a mãe da vítima delatou Araújo e Alexandra, começou a receber ameaças de morte.

No dia do crime, ela passou mal e foi levada por Everson e pela filha ao pronto-socorro, onde foi medicada. Depois, seguiu para a casa de parentes. “Eu disse para que os dois não passassem a noite lá, mas, mesmo assim, eles foram”, afirmou a mãe da jovem.

Tayná levou sete tiros e Everson, seis. A arma não foi encontrada, mas Araújo assumiu anteriormente, em depoimento, ter sido o autor dos disparos. Alexandra disse que tinha ido até o local com ele pegar itens que pertenciam a ela para se mudar para a casa da mãe quando foi surpreendida pelos disparos. Ela declarou que fugiu para o Mato Grosso obrigada por ele. 




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