O deputado federal Vanderlei Siraque (PT) afirmou que a aproximação com o secretariado do governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), contribuirá para a adesão unânime da administração à sua candidatura à reeleição. O petista disse que não interfere na atuação do prefeito na condução do Paço, mas que espera ter a bênção até dos chefes das Pastas filiados a outros partidos.

“Todos os secretários são meus aliados. Eu tenho relações de amizade com diversos integrantes do governo. Alguns nomes você acaba tendo relação que extrapola os laços políticos”, frisou o petista, em visita à sede do Diário, na tarde de ontem. “O Arlindo (José de Lima, secretário de Governo) e o Gilmar (Silvério, de Educação), por exemplo. foram meus assessores. O Homero (Nepomuceno Duarte, de Saúde) é meu médico, uma pessoa que eu posso contar se houver alguma emergência de madrugada, que minha filha pode ligar para ele às 3h”, discorreu Siraque, que avaliou a gestão de Grana como “muito exitosa.”

Além dos nomes citados, o deputado aguarda por composição de outros integrantes da linha de frente do governo Grana, como Cícero Martinha (secretário de Trabalho e vice de Siraque em 2008), Alberto Alves de Souza (Orçamento e Planejamento Participativo), Antônio Carlos Granado (Finanças), Antônio Leite (Administração e Modernização), João Avamileno (Direitos Humanos) e Sebastião Ney Vaz Júnior (Semasa, Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). Todos são filiados ao PT.

Siraque destacou que o atual cenário é mais favorável do que na eleição de 2010, quando o parlamentar era deputado estadual e buscava alçar voos mais altos. Na ocasião, ficou como suplente, mas assumiu cadeira com a nomeação de Aldo Rebelo (PCdoB) como ministro do Esporte. “De certa maneira hoje estamos numa situação melhor do que há quatro anos. Nós temos trabalhado para a ampliação desse apoio. Além disso, é importante o apoio do prefeito. Na última eleição eu estava na oposição (o Paço era chefiado por Aidan Ravin, PSB), hoje somos situação e isso ajuda a ampliar (a base eleitoral)”, disse.

A ampliação do número de votos também é meta de Siraque, que obteve 93 mil sufrágios no pleito de 2010. O petista evitou, porém, mensurar o acréscimo nas urnas. “Eu não tenho expectativa de número de votos, mas em ser reeleito disso estou confiante. Essa segurança eu tenho, pois estou fazendo campanha com base maior”, avaliou.

OUTRAS ESFERAS
Siraque também falou sobre as disputas nas esferas estadual e federal, com a candidatura do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) ao governo do Estado e com o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Para ele, “é natural” o desgaste tanto de Dilma quanto do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará a reeleição no Estado. “Qualquer partido que esteja há tempo maior no governo tende a ter desgaste. Porém, no caso de Dilma, vejo mais entusiasmo da militância do que vi em 2006, quando o presidente Lula disputava a reeleição”, pontuou.