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Donisete e PT se apegam à superstição
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
29/10/2012 | 07:01
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A superstição rondou as lideranças petistas durante o período de votação para a escolha do próximo comandante da Prefeitura. Talvez como forma de amenizar a ansiedade pelo resultado das urnas, as costumeiras ligações do então candidato Donisete Braga ao número 13 (dezena do PT) foram intensificadas. Até o tradicional ‘V' da vitória, gesto símbolo da confiança dos políticos no momento do voto, foi proibido. E por razão peculiar.

Ao votar em escola do Jardim Rosina, o prefeito Oswaldo Dias (PT) ouviu do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT - São Bernardo), o pedido para que fizesse o sinal. "Esta marca está proibida aqui porque tem dúbia interpretação", respondeu, de bom humor, o chefe do Executivo. O parlamentar franziu a testa, pensou poucos segundos, e entendeu que o ‘V' poderia também fazer referência a Vanessa Damo (PMDB), adversária de Donisete. "É mesmo rapaz. Aqui não pode não", concordou.

A essa altura, por volta do meio-dia, a superstição petista já estava escancarada. O primeiro ato da cúpula do partido foi se reunir para tomar café da manhã na mesma padaria escolhida para o desjejum do primeiro turno, na Vila Vitória. No dia 7, ao contrário do que indicavam todas as pesquisas de intenções de voto, Donisete avançou ao segundo turno em primeiro lugar, deixando a peemedebista para trás.

No local, o prefeito eleito leu as notícias do dia. No caderno Esportes, constatou que o gol do Corinthians (seu time) na vitória sobre o Vasco pelo Campeonato Brasileiro foi anotado por Paolo Guerrero aos 13 minutos do segundo tempo. A dezena também foi citada ao lembrar os 67 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, completados sábado. "Seis mais sete dá 13."

 

CONFIANÇA

Após votar na Escola Estadual Maria Elena Colônia, no Parque das Américas, Donisete Braga demonstrou confiança em ser eleito. "Estou feliz porque o povo de Mauá nos colocou como o mais votado do primeiro turno. Então, minha expectativa é a de que esta tendência de vitória se confirme hoje."

Ele esteve acompanhado no ato da mulher, Sônia, da filha, Ana Luiza, da mãe, Benícia, e do pai, Gildásio, além de líderes do petismo mauaense. O ex-vice-prefeito Márcio Chaves Pires (PT) brincou com o companheiro enquanto Donisete votava. "Doni, quer uma colinha aí?", perguntou, mesmo com dúvida inexistente do candidato.




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