Incomodada com o apoio nacional do PRP ao candidato à Presidência do PSB, Eduardo Campos, a vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli, cogita, nos bastidores, mudar de partido.
A possível troca é tratada nos corredores do Paço, inclusive com o chefe do Executivo Carlos Grana (PT), mas conversada com discrição para evitar conflito neste momento com a legenda.

A situação pode ser efetivada após o período eleitoral. No município, a sigla tem o opositor e ex-prefeito Aidan Ravin como principal liderança, que busca vaga de deputado federal.
Oswana recebeu convites do PSD, PDT e PR, que fazem parte do arco de aliados do governo. A vice reconheceu, em ocasiões anteriores, a sondagem para migrar de sigla.

Além de condenar a configuração de aderir a mesma campanha do grupo do ex-prefeito, a indisposição da número dois do Paço se deve ao fato de o PSB procurar palanque no Grande ABC contra o PT, da presidente Dilma Rousseff. A candidatura à reeleição da petista é colocada como questão de honra pelo governo local.

O PSD é mencionado como favorito. A sigla coligada é presidida na cidade pelo secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra. Ambos se encontraram, recentemente, em restaurante para discutir o assunto. A ida de Oswana para as fileiras aliadas acabaria de vez com a polêmica sobre alteração do vice em 2016.

O acordo entre PRP e PSB foi firmado em Brasília, sem passar pelos diretórios municipais, o que poderia justificar a saída, atrelada à saia-justa da situação. Nessas condições, a vice pode alegar manutenção do projeto político defendido na campanha eleitoral de 2012, quando o PT abriu a chapa majoritária para o partido, embora considerado nanico, concorrendo na sucessão do então prefeito Aidan. Oswana foi escolhida, à época, pelo perfil: mulher e empresária do setor educacional.

Procurada em dois dias consecutivos, Oswana não foi localizada para comentar o assunto.