Setecidades Titulo Saúde
Paciente acusa UPA de erro em exame
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
01/09/2012 | 07:00
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Uma moradora do Rudge Ramos, em São Bernardo, acusa a Prefeitura de utilizar equipamento desregulado para realizar exame cardiológico na recém-inaugurada UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro. A paciente foi diagnosticada, equivocadamente, com princípio de infarto.

O problema aconteceu no dia 20. Na ocasião, Valdinéia de Lima, 63, foi à unidade apenas para conferir sua taxa de glicemia. Acabou sendo internada, passou dez horas na unidade sem comer e os dois eletrocardiogramas realizados apontaram suspeita de infarto do miocárdio. Porém, a paciente alega não ter apresentado sintomas clínicos (como falta de ar e dor no peito) e contesta o diagnóstico, que causou pânico na paciente e em familiares.

Preocupada, no dia seguinte, a paciente procurou a UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Mussolini e repetiu o exame, que não apresentou alterações. A suspeita de que o aparelho da UPA estivesse desregulado foi confirmada por médica da unidade, segundo Valdinéia "Ela disse que naquele dia quatro diagnósticos já tinham saído com possíveis alterações", disse a dona de casa, que emendou: "Enfermeiros afirmaram que eu estava com dor no peito. Mas não falei isso. Não sentia absolutamente nada! Como fica meu psicológico? E se tivesse tomado o remédio que me receitaram? Foi um erro grave e desnecessário", critica.

Após ver o resultado do eletrocardiograma, o médico de plantão receitou o medicamento Dolanpina (cloridrato de petidina), mas a paciente recusou prontamente. Apenas um calmante foi ministrado no tempo em que esteve na unidade, das 13h às 22h30.

A equipe do Diário passou pelo exame na tarde de quinta-feira e constatou que o procedimento é pouco preciso. A encarregada precisou tirar cinco cópias para chegar ao resultado mais próximo do real.

Questionada, a Prefeitura de São Bernardo reconheceu que o primeiro eletrocardiograma feito na paciente gerou diagnóstico incorreto, mas esclarece que a não conformidade no exame não implicou em risco à paciente.

A administração informou que a permanência da paciente em observação foi medida preventiva, tendo em vista o quadro de hipertensão arterial e diabetes. A Secretaria de Saúde reiterou que irá apurar se o aparelho precisa de manutenção ou apresenta defeitos pontuais.




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