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Festas juninas aliam diversão e ação social
Por Vanessa de Oliveira
do Diário do Grande ABC
23/06/2014 | 07:05
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Marina Brandão/DGABC


Mais do que diversão para todas as idades, as festas juninas promovem também uma importante contribuição social em diversas comunidades do Grande ABC. Com os recursos arrecadados nas variadas barraquinhas que comercializam típicas guloseimas, paróquias e entidades conseguem fortalecer seus os trabalhos.

Dos 83 anos que a quermesse da Paróquia São João Batista, no Rudge Ramos, em São Bernardo, é realizada, o núcleo da Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo está presente no evento há 32. No local, são promovidos encontros e palestras de orientação à dependentes de álcool.
Por mês, são atendidas, em média, 60 pessoas. Foi lá que o vice-coordenador, José da Silva Brito, 74, livrou-se do vício. “Graças ao trabalho da associação estou há 30 anos sem beber. A festa junina é muito importante para nós para que, assim como eu fui ajudado por esse trabalho, outras pessoas possam ser”.

A Fraterno Associação Assistencial também consegue dar continuidade à sua atuação com a renda arrecada na barraca de sanduíches, instalada na festa do Rudge Ramos há 25 anos. A entidade administra duas creches de período integral, no Jardim Cláudia, que atendem, ao todo, 220 crianças. “Participamos de outros eventos, mas a festa junina é que nos dá uma rentabilidade maior para sustentar esse trabalho”, fala o presidente Odair de Freitas, 64.

Em Santo André, a Catedral Nossa Senhora do Carmo, no centro da cidade consegue manter o templo com as vendas das 14 barracas de comidas e brincadeiras que compõem a festa existente há mais de 50 anos. Além disso, os fundos permitem a igreja destinar cestas básicas mensalmente, que ajudam 170 famílias cadastradas.
“Além da confraternização, a festa fortalece a comunidade e ainda é um evento que promove a solidariedade”, ressalta o coordenador do evento, Paulo Cezar de Carvalho, 55.

Nas festas juninas promovidas há quatro décadas, na Paróquia São Francisco de Assis, no bairro Santa Maria, em São Caetano, as tradicionais fogazzas e outros quitutes contribuem para obras locais – como a reforma da secretaria, este ano – e para a atuação da entidade Divina Providência, fundada pela igreja e situada em São Bernardo, que auxilia no tratamento de dependentes de álcool e drogas. “A igreja não só cumpre seu papel de evangelização, como também de harmonizar os paroquianos para que eles ajudem nas necessidades da igreja. E as festas juninas promovem essa integração: da parte espiritual e social”, destaca o coordenador do evento, Luiz Carlos Zamperlini, 60.

As festas, que iniciam a partir das 18h, estão chegando na reta final. A são-caetanense vai até o próximo domingo. A da Catedral Nossa Senhora do Carmo, em Santo André, termina no dia 6 de julho e a do Rudge Ramos, no dia 13.




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