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Cães ganham coleira contra os carrapatos

Ação do CCZ previne transmissão da febre maculosa no bairro Recreio da Borda do Campo

Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
06/06/2014 | 07:00
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Cães do bairro Recreio da Borda do Campo, em área de manancial de Santo André, começaram a receber coleiras medicinais nesta semana a fim de evitar a disseminação do carrapato-estrela, causador da febre maculosa. Em apenas dois dias, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da cidade implantou o dispositivo medicinal em 479 animais. Desde 2009, houve oito óbitos pela doença na localidade, além de 16 pessoas curadas. Neste ano há dois casos sob investigação.

O último censo animal realizado no bairro, em 2009, aponta que há 2.200 bichos, sendo entre 1.600 e 1.700 cães. Porém, a veterinária do CCZ Simone Ortiz Rizzotti acredita que o número é maior. “A ação será realizada até o fim de junho, conforme a demanda. Vamos colocar a coleira tanto em animais com dono quanto os comunitários e de rua.”

Além de tenda montada em praça na Rua Tamanduá Bandeira, ao lado da Emeief Chico Mendes, quatro equipes de 150 agentes ambientais de Saúde percorrem as casas em busca dos animais. Os profissionais ficam no bairro das 9h às 15h, de segunda a sexta-feira, exceto feriados e dias de jogos da Copa do Mundo.

Segundo Simone, a coleira deve ser utilizada o tempo todo e protege o cachorro dos carrapatos durante período de quatro a seis meses. “O dispositivo cobrirá a época do inverno, que é quando o parasita se reproduz, o que pode aumentar o risco de transmissão da febre maculosa”, explica a veterinária.

A doença é transmitida pelo carrapato-estrela contaminado com a bactéria Rickettsia rickettsii. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, manchas avermelhadas, tosse e pressão alta. A orientação é que moradores da região com os sintomas procurem a unidade de Saúde mais próxima. A doença tem cura, se descoberta cedo.

CENSO

Além da implantação das coleiras, o CCZ também aproveita a ocasião para atualizar o censo animal do bairro, também conhecido como RGA (Registro Geral Animal). Segundo Simone, cada animal identificado, incluindo os gatos, recebe uma ficha com dados como raça, cor, sexo e se é castrado ou não. “Nosso objetivo é fazer a contagem e verificar quantos animais não são castrados. A partir daí, faremos mutirões de cirurgias para evitar que a população de bichos cresça.”




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