Setecidades Titulo São Bernardo
Tanques foram abastecidos
5 dias antes da explosão

Dono da academia Tem afirmou que Consigaz é a
responsável pela manutenção e vistoria do sistema

Fábio Munhoz
Illenia Negrin
22/05/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Os tanques de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) que alimentavam o sistema de aquecimento da academia Tem Esportes do bairro Pauliceia, em São Bernardo, foram reabastecidos cinco dias antes da explosão ocorrida no sábado. Duas pessoas morreram e 19 ficaram feridas no acidente.

A informação foi passada à polícia pelo proprietário da rede de academias, Mario Leonardo Vendrami, em depoimento na noite de terça-feira. A equipe do Diário teve acesso ao documento na íntegra.

Vendrami contou à delegada titular do 5º DP, Telma Regina Violi Preto, que o último abastecimento foi feito pela Consigaz no dia 12. O contrato entre as partes, segundo ele, determina que a manutenção do sistema somente pode ser realizada pela própria empresa ou outra indicada por ela.

O empresário afirmou ainda que, antes de efetuar a regarca dos grandes butijões, os funcionários da Consigaz só realizam o procedimento depois de verificar se há falhas no sistema.

Segundo o Corpo de Bombeiros, vazamento na tubulação do gás usado para esquentar a água da piscina e dos chuveiros é causa mais provável da explosão.

A Consigaz informou, via assessoria de imprensa, que desde sábado colabora com a polícia e com o Corpo de Bombeiros nas investigações, e que mantém no caso perito e engenheiro próprios. Além disso, a empresa esclarece que os funcionários que realizam o abastecimento não fazem a checagem de toda a tubulação. Essa vistoria é feita periodicamente, e sempre que o cliente aciona o serviço de manutenção e informa a suspeita de vazamento.

A titular da delegacia afirmou que Vendrami pode ser novamente convocado para depor quando o laudo feito pela perícia for concluído, o que não tem prazo para acontecer. Representantes da Consigaz também serão chamados para prestar esclarecimentos sobre o funcionamento e a manutenção das tubulações. Até o momento, 22 pessoas já foram ouvidas, entre vítimas, familiares, funcionários e testemunhas. A polícia ainda aguarda lista de presença do sábado para poder convocar todos que passaram pelo centro esportivo no dia do acidente.

Telma afirmou que os trabalhos da perícia no prédio já foram concluídos. Dessa forma, o imóvel volta a ficar à disposição dos proprietários. A Defesa Civil informou que, agora, os responsáveis devem contratar estudo de engenharia para definir se a estrutura da edificação pode ser reformada ou precisa ser demolida. Outros cinco imóveis vizinhos – quatro na Rua Belém e uma na Rua Almerina Cemoline Rebulci – também estão interditados.

O local onde funcionava a academia está preservado por tapumes, mas, ainda assim, atrai a atenção de curiosos. Comunicado da direção informa que o atendimento está sendo feito em outra unidade e afirma que a empresa está prestando assistência às vítimas.




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