Política Titulo Infidelidade
Paulinho Serra: tucanos não ganharão mandato no tapetão
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
14/08/2012 | 07:19
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O vereador de Santo André Paulinho Serra, atualmente no PSD, protocolou ontem sua defesa na Justiça Eleitoral para evitar a perda do mandato por infidelidade partidária, alegando que sua saída do PSDB se deve, em especial, à mudança programática tucana e perseguição política pela executiva municipal.

Segundo o pessedista, o projeto pessoal de integrantes do diretório local, presidido por Ricardo Torres, não conseguirá pegar sua cadeira legislativa na base do tapetão. "Isso me cheira a quem nunca teve um cargo eletivo."

Na argumentação do parlamentar consta, prioritariamente, que o PSDB não seguiu a resolução partidária de lançar candidatura própria em cidades com mais de 100 mil habitantes. Paulinho sustenta que houve ruptura de consulta às bases, impedindo que outros tucanos pleiteassem o campo majoritário. "Não havia interesse. Não agiram (diretório de Santo André) de acordo com o espírito do PSDB."

O tucanato municipal impetrou ação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para requerer o mandato de Paulinho. A motivação foi o apoio do vereador à candidatura ao Paço do petista Carlos Grana, o que, segundo a direção, não condiz com a história do partido.

Paulinho mencionou que a adesão à candidatura petista ficou acertada em respeito à decisão anterior do PSD, além de o PT ter acatado suas sugestões no plano de governo. "Nossos projetos passaram a ser compromisso do Grana, o qual daremos esse voto de confiança."

O pessedista citou ainda, na defesa, que a contrariedade por candidatura própria da executiva municipal do PSDB deixou claro o projeto pessoal de Ricardo Torres, evidenciado com a alteração de rota repentina sem nenhum critério programático. "Primeiro era vice do prefeito (Aidan Ravin, PTB), uma semana depois se torna vice do candidato Raimundo Salles (PDT). Isso é desrespeito às normas, estatuto, filiados", disse Paulinho, ao observar que sua proposta de voo solo na cidade representava obstáculo a esse grupo. "O presidente fez acordo que só interessava a ele. Mas as forças do mal não prevalecerão."

O argumento baseia-se também nas declarações do presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, de que a candidatura do vereador ao Paço foi "estuprada". "Começamos a ser perseguidos por esse grupo que não tem qualquer representatividade eleitoral. Prova disso, é que pediram, inclusive, a minha expulsão."




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