Economia Titulo Ano-Novo
Mesmo custando até 60% mais caros, restam poucos pacotes de Réveillon

Tempo livre, status e superstição são razões para encarar custos altos para viajar na virada do ano

Por Andréa Ciaffone
Do Diário do Grande ABC
21/12/2013 | 07:07
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Roupas brancas, pular sete ondas, comer uvas, cultivar bons pensamentos e sintonizar a alma na esperança de um mundo melhor são providências que o brasileiro busca tomar (junto com espumante gelado) para garantir boas energias para o ano que nasce. Para fazer tudo isso num cenário mágico, as pessoas não poupam esforços ou dinheiro.

De acordo com pesquisa realizada pelo instituto PiniOn, com usuários de smartphones em todo País, 77% dos entrevistados sabem que vão pagar muito mais caro para viajar nesta época. E muitos parecem estar conformados com a caristia de Ano-Novo.

CULTURA - A pesquisa mostra que 32% dizem que estão preparados para gastar mais do que no ano passado e 57% acham que vale o sacrifício de gastar mais para curtir o Réveillon com seus entes queridos. “Tudo isso deixa claro que o brasileiro prioriza e valoriza a sua viagem de Ano-Novo. É uma questão cultural”, avalia o gerente de produtos do PiniOn, João Paulo Faria.

Especialistas do mercado de turismo estimam que o custo de pacotes e passagens aumenta em 60%, em média, nesta época. “Esse comportamento tem a ver com a lei da oferta e da procura. Como a disputa por reservas aumenta muito, os preços sobem na mesma proporção”, explica Marciano Freire, diretor do Ipeturis ( Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo).

“Comprar com antecedência de mais de dois meses costuma minimizar o encarecimento. O problema é que a maioria dos brasileiros não se mobiliza para isso”, completa Freire. Entre os entrevistados pelo PiniOn, apenas 30% compraram sua viagem antes de outubro – o que coloca 70% no ‘olho do furação’ de preços. Prestar mais atenção em planejamento deveria entrar na lista de promessas de Ano-Novo, avalia. </CW>

“O brasileiro vê a passagem do ano de forma quase mística e isso pesa na hora de fazê-lo decidir por viajar nessa data”, admite Freire, diretor do Ipeturis. “Entretanto, acho que existem outros dois fatores ainda mais importantes: a parada geral das atividades nesse período em vários setores e profissões proporciona a oportunidade ideal para viajar, e o fator status. As pessoas gostam de dizer que viajaram para passar o Réveillon fora”, completa.

TIMING - Entre os poucos que compram cedo e os que não encontram mais nada, há muitos que conseguem seu lugar ao sol – ou sob a neve. Neste ano, quem deixou para a última hora teve de lidar com a falta de lugares nos voos nacionais e internacionais. Ontem, ainda era possível achar pacotes para Punta del Este (Uruguai) por R$ 3.900. Na baixa estação, o mesmo pacote custa a partir de R$ 2.500.

O dinheiro extra que entra com 13º salário é utilizado por apenas 18% para a programação de viagem de fim de ano. Para a maioria, o cartão de crédito será a forma de pagamento eleita e 45% dos usuários pretendem parcelar a fatura e pagar em 2014.




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