Economia Titulo Caminhões
Entidades tiram proposta única de renovação de frota

Metalúrgicos do ABC, junto com Anfavea e Sindipeças, levam hoje plano à ministra Gleisi Hoffmann

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
25/11/2013 | 07:10
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O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, junto com outras entidades ligadas ao setor automotivo e representantes do ramo de transportes de carga, vão se reunir hoje com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para apresentar à representante do governo federal proposta unificada de renovação da frota de caminhões. O objetivo do plano é conseguir retirar de circulação boa parte dos 228 mil veículos que tem mais de 30 anos de idade, que representam 7% do total da frota.

Esse volume, apesar de pequeno, está envolvido em cerca de 25% dos acidentes nas estradas, assinalou o presidente do sindicato, Rafael Marques, que participou na sexta-feira de seminário sobre o tema em São Paulo. “Os acidentes de trânsito representam hoje R$ 4,9 bilhões em gastos da Previdência e da Saúde”, estima o dirigente.

Marques ressaltou que o governo havia estipulado, como condição para discutir um programa desse tipo, que as entidades ligadas à atividade, como Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), CNT (Conferação Nacional dos Transportes) e o próprio sindicato, fechassem proposta de consenso. Isso foi alcançado, após diversas reuniões, iniciadas durante a Fenatran Salão Internacional do Transporte, que foi de 28 de outubro ao dia 1º deste mês.

Entre os pontos acertados e que serão apresentados na segunda-feira estão a reivindicação de incentivo tributário e de crédito – linha de financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) – para a compra de veículos mais novos, a adoção de sistema de metas anuais de renovação, estruturação de usinas de reciclagem, a baixa do registro e destinação dos modelos velhos para esses locais e a criação de fundo garantidor, que serviria como aval para garantir que os financiamentos serão honrados.

Além de ajudar a reduzir acidentes, o programa traria outros benefícios, como a retirada de circulação de veículos altamente poluentes, que dão mais problemas de manutenção e consomem mais diesel e o surgimento de mercado adicional (ou seja, aumento das vendas dessa indústria). Para a região, isso seria salutar, já que estima-se que 55% da produção de caminhões do País está concentrada no Grande ABC. No entanto, o foco inicial é a troca dos caminhões de mais de 30 anos por outros seminovos, na faixa de dez anos, que já conseguem trazer economia de combustível e redução de emissões, na comparação com aqueles.
 




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