Comandante geral da Polícia Militar no Grande ABC, o coronel Helson Léver Camilli contestou o aumento de ocorrências policiais registradas no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2011 na região. As estatísticas criminais referentes a julho foram divulgadas ontem pela SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

Segundo o coronel, os números da corporação mostram queda conjunta de 41,9% em nove indicadores criminais. Nos números da SSP, assassinatos e roubo e furtos de veículos tiveram aumento de 10,6% e 6,5% respectivamente, se comparados os primeiros semestres do ano passado e de 2012. "Vamos atuar pontualmente em cada problema."

Para Camilli, o aumento no número de ocorrências não mostra efetivamente que há maior incidência da criminalidade. "Caso a caso, as cidades podem apresentar algumas variações, mas estatísticas podem ser lidas de várias formas", disse.

O combate a roubo e furto de veículos está entre as prioridades da Polícia Militar. O Grande ABC teve ao todo 10.064 casos registrados neste primeiro semestre. No mesmo período foram recuperados 3.989 carros. O índice é considerado alto.

Segundo Camilli, o crescimento da frota no mesmo período tem influência sobre o quesito. Em maio de 2011, a região contava com 1,37 milhão de veículos. Um ano depois, o número é de 1,47 milhão. "É um crescimento de 7,5%, maior que o aumento no número de roubos e furtos", indicou.

Nas estatísticas apontadas pelo coronel, a Polícia Militar da região autuou, desde o início do ano, 54.356 veículos. Desses. 9.569 foram recolhidos. Além disso, 113.241 motoristas foram fiscalizados. "O trabalho tem de ser feito com orientação, de saber como agir. Todo mundo é responsável por segurança pública. Nós vamos continuar fazendo a nossa parte. O objetivo sempre é zerar todos os índices, mas existem outros fatores que impossibilitam o nosso trabalho", explicou.

Nos dados da Polícia Militar, até aqui, 1.719 pessoas foram presas em flagrantes. Cerca de 665 quilos de drogas foram apreendidos. E 111.739 ocorrências foram atendidas através do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), que até ontem havia recebido 854.260 telefonemas na região. "Defendemos outros instrumentos para diminuir os índices de criminalidade, como o endurecimento das leis e a diminuição da maioridade penal", garantiu Camilli.