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Valente traz a princesa da Pixar
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
20/07/2012 | 07:00
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Os protagonistas já foram brinquedos, insetos, monstros, peixes, carros, mas nunca uma garota. Dezessete anos após o primeiro longa-metragem da Pixar - 'Toy Story' -, 'Valente (Brave)' chega hoje aos cinemas brasileiros com cópias convencionais e em 3D. A animação, que estreou em junho nos Estados Unidos, traz a primeira princesa do estúdio.

Filha do rei Fergus e da rainha Elinor, Merida não gosta de seguir regras impostas por pertencer à nobreza. Arqueira talentosa, prefere cavalgar com o cavalo Angus, escalar penhascos, deitar na grama, vestir e comer o que quiser. É típica adolescente que deseja ser dona do próprio nariz.

Mas os pais têm planos para a jovem. É hora de encontrar um marido para ela. Pretendentes de três clãs devem participar de torneio para ganhar a mão de Merida. Sem aceitar a condição, a ruiva decide fazer de tudo para mudar o próprio destino. Ao romper com a tradição, deixa todos furiosos, principalmente Elinor. E é para mudar a opinião da mãe que a garota recorre ao feitiço de uma bruxa. Depois disso, a confusão sai do controle e Merida terá de provar sua coragem para resolvê-la.
 
Inspirada em uma antiga lenda celta,  'Valente' teve produção atribulada. A diretora Brenda Chapman foi substituída por Mark Andrews. Demorou cerca de seis anos para chegar à telona. Agora, carrega o peso de recuperar o bom desempenho do estúdio após o fracasso de  ' Carros 2 ' . 
 
 O roteiro não é impecável, apesar de divertir. A qualidade técnica, entretanto, é inegável. Impressionam as texturas dos cabelos (como a ruiva cabeleira de Merida) e das roupas dos personagens. 
 
A animação não nasceu clássica como 'Toy Story' e 'Up - Altas Aventuras'. Mesmo assim emociona. Na saída da sala de cinema uma menina pergunta para a amiga: "Quantas vezes você chorou?" Parece que a Pixar gosta de fazer o público derramar lágrimas; basta recordar o início de 'Procurando Nemo' e a cena em que Andy brinca pela última vez com Woody e Buzz Lightyear.

Talvez a história de Merida provoque com mais intensidade outro sentimento. Ao assisti-la dá vontade de correr livre por aí, sem regras chatas para cumprir. Afinal, a vida está lá fora, só que os adultos teimam em trancafiar-se e deixá-la passar.




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