A culpa é do Bono Vox. O som efervescente do show do U2 incomodou a vizinhança do Morumbi e o Ministério Público acha que a gota d'água transbordou o copo. Pode sobrar para Justin Bieber, que tem concerto marcado para o estádio no mês que vem. Se o São Paulo não conseguir acordo, segundo o MP, terá de obedecer as determinações de 2009 de instalar proteção acústica no Morumbi.

O assunto é polêmico e merece reflexões. É verdade que o entorno do estádio está muito povoado de prédios e casas. Como também é verdade que toda essa gente só mudou para o bairro depois da construção do estádio.

O São Paulo brigou com Corinthians, Palmeiras e Santos. E está perdendo muito dinheiro, já que essas equipes não mandam mais seus jogos no estádio do Tricolor. E agora poderá perder ainda mais se os shows forem proibidos.

O Ministério Público diz que há muito tempo fizeram um Termo de Ajuste de Conduta. E a diretoria são-paulina se fez de boba, não tomando providência.

PALMEIRAS E SEUS VELHOS PROBLEMAS

A atual situação já foi oposição. E se comportava de forma raivosa. Hoje a oposição dá o troco. Ninguém tem sossego para trabalhar no Palestra. Não bastasse a imensa dívida, o elenco reduzido e limitado, as brigas internas e tantas coisas negativas. Parece que querem destruir a grandeza do Palmeiras.

Há jogadores no elenco que não aguentam mais. E se continuar assim Felipão vai jogar a toalha. O pior é que se descortina um horizonte preocupante.

MACHUCARAM A BOLA

Neymar, sem muito brilho, foi o personagem do jogo em Córdoba. Leandro Damião chutou duas bolas na trave. Foi só isso! Partida sem emoção, vibração, boas jogadas e uma chance incrível perdida por jogadores brasileiros e argentinos de mostrar serviço.

No meu programa Debate Bola, pela Transamérica, após o jogo, pedi ao repórter Ivan Drago, que estava no Estádio Mário Kempes, para colocar escuta na bola.

Ela estava tristonha e decepcionada. Disse que esperava ser mais bem tratada pelos jogadores. Reiterou que gostaria de beijar as redes, mas não cuidaram bem dela.

A bola, para finalizar, ressaltou que espera ser melhor tocada na outra partida em Belém. Sem caneladas e bicudos.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. http://www.marciobernardes.com.br/