Os rebeldes ofereceram ao diretor do presídio de Villavicencio 1,5 bilhão de pesos (US$ 650 mil) para permitir a fuga dos brasileiros Neil Machado, Ronaldo Alcântara de Moraes e outro identificado apenas pelo apelido de "Cafu", mas o funcionário recusou o suborno.
A "NTC" afirmou que Neil Machado é o 'braço direito' de Beira-Mar, Ronaldo Alcântara é o irmão de uma das três namoradas do traficante e que 'Cafu' era seu chefe de segurança.
Como a proposta de suborno foi rejeitada, as Farc _maior guerrilha do país, comprometida em uma negociação de paz com o governo_ ameaçaram dinamitar a prisão para libertar os aliados de Fernandinho Beira-Mar, que foram levados para Bogotá.
A chefia das Farc não se pronunciou de imediato sobre a reportagem da "NTC". De acordo com o Exército colombiano, Fernandinho Beira-Mar se aliou ao comandante guerrilheiro Tomás Molina ("Negro Acácio") para trocar cocaína por armas para as Farc no sudeste da Colômbia, fronteira com o Brasil, onde as tropas lançaram há dois meses a operação antidrogas "Gato preto".
Os militares também afirmam que as Farc recrutaram brasileiros e venezuelanos para fortalecer o Exército rebelde que opera nos departamentos colombianos de Guainía e Vichada.
Recentemente, as autoridades colombianas capturaram o brasileiro Joan Franca Pinheiro, de 20 anos, sob acusações de participar na guerrilha marxista.
A polícia colombiana também prendeu no dia 21 de março passado, em um luxuoso apartamento da zona norte de Bogotá, Elizete da Silva Lira, descrita como a esposa legítima de Fernandinho Beira-Mar e acusada de narcotráfico e contrabando de armas.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.