As operadoras que prestam este serviço terao um código DDD para que os consumidores possam escolher no instante em que fizerem uma ligaçao de longa distância. A medida vai vigorar para as operadoras das bandas A, B e C da telefonia celular.
No caso da banda C, este mecanismo vai ser incluído no processo de licitaçao das novas operadoras. Já para as companhias em operaçao, a agência reguladora irá negociar este modelo. Guerreiro assegurou que existem mecanismos que poderao fazer com que as atuais operadoras das bandas A e B concordem com a competiçao nas ligaçoes feitas pelos assinantes de celulares.
A soluçao passa pela permissao para que as empresas tenham uma parcela da faixa 1,8 GHz. Isso permitiria que os clientes atuais tenham as mesmas facilidades a serem oferecidas pelos futuros assinantes da banda C. "Os consumidores vao ser beneficiados, pois as outras operadoras poderao aderir a este modelo", disse Guerreiro.
Licitaçao - Dentro de 20 dias a agência reguladora deve colocar para consulta pública a proposta de licitaçao da banda C da telefonia celular. A expectativa é de que em agosto o edital possa ser divulgado, iniciando a disputa pelas licenças. A meta da Anatel é concluir a concorrência até dezembro deste ano, inclusive com a assinatura dos contratos com os grupos vencedores.
O país deve ser dividido por regioes, entre três e cinco segundo Gerreiro. As bandas A e B já em operaçao foram divididas em 10 áreas. Ainda nao se sabe se haverá licitaçao para uma única licença para cada regiao, o que permitiria a existência da terceira empresa de celular, ou se licitará duas ou três licenças para cada área.
Local - O presidente da Anatel afirmou que já está decidido que as operadoras terao o código para as ligaçoes telefônicas, mas o serviço neste momento será apenas de caráter local. Com isso, mesmo que uma operadora tenha uma área de açao que englobe mais de uma unidade da Federaçao, a briga pela menor tarifa só valerá para dentro daquele Estado específico.
O roaming (uso do celular em viagem) é apontado como obstáculo para a entrada em operaçao da nova operadora. Um celular da banda C, quando fora da área de cobertura, nao consegue comunicar-se com outro aparelho das outras bandas. O conselheiro José Leite Pereira Filho aposta que a indústria de telecomunicaçoes deverá resolver este problema antes da entrada em funcionamento da operadora.
"O uso do celular em viagem representa apenas 10% do tráfego.Acho que o mais importante é que a faixa escolhida irá permitir que a populaçao de baixa renda tenha acesso ao serviço. Os usuários querem equipamentos de baixo custo. É isso que vai acontecer no país", disse Leite.
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