A Polícia Civil investiga a responsabilidade dos pais e dos clientes de um bar de Uruguaiana (RS) na morte do menino Bredy Taylor de Azevedo Recoba, de três anos, vítima do disparo de uma caneta-revólver na noite de sexta-feira.
Por enquanto sabe-se apenas que o pai da criança, dono do estabelecimento, recebeu a arma como garantia pela venda de bebida e deduz que o tiro foi acidental, durante manuseio inadvertido do artefato pela própria criança.
O escrivão Carlos Rosado diz que os depoimentos já colhidos indicam que o garoto pegou a arma como brinquedo, no bar. Naquele momento, o pai estava em outro cômodo da casa e a mãe assistia à TV na sala. Foram os clientes que ouviram o disparo. A perícia indicou que o projétil saiu de um ponto muito próximo ao corpo entrou em diagonal no peito da criança, o que reforça a tese de acidente.
Bredy Taylor morreu a caminho da Santa Casa. A arma parece uma caneta comum, mas carrega uma bala de revólver calibre 22, que é disparada por mola e gatilho. Tem precisão de 2m e deve ser recarregada a cada tiro.
Seu uso é difundido entre gangues juvenis da cidade gaúcha, graças à falta de restrições à venda na Argentina e de fiscalização na travessia para o Brasil, feita por ponte ou pelo rio, em barcos.
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