De olho no transito Titulo
Veículos elétricos

As opções de viagem que fazemos têm grande impacto na contribuição para a mudança climática. Cerca de um quarto de nossa emissão diária

Por Cristina Baddini
23/10/2009 | 00:00
Compartilhar notícia


As opções de viagem que fazemos têm grande impacto na contribuição para a mudança climática. Cerca de um quarto de nossa emissão diária de carbono provém dos nossos deslocamentos pessoais. Os que sofrem com a poluição atmosférica imaginam que os carros elétricos exibidos em grandes eventos do setor automobilístico são a grande alternativa de mobilidade sustentável.
Imaginem se no futuro todos os veículos automotores forem movidos por uma fonte de energia alternativa renovável, como o caso de veículos elétricos ou dos movidos a hidrogênio. Vale ressaltar que energia renovável é aquela que pode ser produzida pelo homem. Quando utilizado, o veículo elétrico é recarregado com um soquete normal de eletricidade. Têm autonomia entre 100 e 300 quilômetros e não alcança velocidades tão elevadas como os veículos a gasolina.
Além desses promissores carros do futuro, já existem motocicletas elétricas à venda, que custam menos do que motos convencionais e possuem gasto ínfimo com combustível. Desta forma, elas se tornam uma alternativa ambientalmente correta para trajetos diários curtos nas grandes cidades.

Problema do carro elétrico
Essa solução, no quesito veículos particulares, para a redução das emissões de gás carbônico trouxe novo problema. Como o motor é silencioso, pedestres e ciclistas não percebem a aproximação do carro. O que pode causar mais acidentes. Deve ser estabelecido nível mínimo de ruído ou alerta sonoro em veículos que não usam motor de combustão externa. A Comissão Européia também estuda a mesma ideia. Pesquisadores da Universidade da Califórnia realizaram pesquisa com deficientes visuais. Os deficientes perceberam com mais precisão a velocidade e posição do carro movido a gasolina do que o híbrido. Quando os cientistas misturaram os ruídos, os carros híbridos ficaram imperceptíveis. A mesma experiência foi repetida em um parque com pessoas de olhos vendados. O híbrido precisava estar cerca de 65% mais perto do que um carro com motor a gasolina, para ser corretamente localizado.
Alguns fabricantes já estudam que tipo de ruído colocar nos veículos. Acredita-se que, no futuro, será possível escolher diferentes sons para os carros híbridos e elétricos como ocorre com os toques de celulares.

É a solução?
Essa não é uma solução 100% ambientalmente correta, afinal, a energia usada para carregar o carro vem de fontes que não são totalmente limpas. Mas é óbvio que esses modelos de carros são imensamente melhores do que os movidos a gasolina, diesel, álcool e até mesmo gás veicular. O que estou dizendo é que não se pode aceitar isso como solução final, pois se toda a frota brasileira de mais de 30 milhões de veículos fosse transformada em elétrica precisaríamos de mais 140 Itaipus. Esse é um problema da crise enérgica mundial. Para resolve-lo, cientistas se empenham em desenvolver técnicas e métodos que contornem a situação atual da produção e distribuição de energia.
Portanto, é fundamental que nos esforcemos ao máximo para reduzir nossas emissões de gás carbônico, procurando utilizar transportes coletivos e alternativos, como a bicicleta, no lugar de veículos particulares.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;