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Israelenses exigem represálias contra Hezbollah
Do Diário do Grande ABC
05/05/2000 | 14:09
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Enquanto uma nuvem de fumaça escurece o céu de Kiryat Shmona, no Norte de Israel, após disparos de foguetes Katiusha pelo Hezbollah, os habitantes da cidade exigem do governo israelense ataques mais duros contra a milícia xiita libanesa.

``Acho que o governo deve acabar com o Hezbollah', afirmou Sallem Amram, um aposentado de Kiryat Shmona, principal cidade fronteiriça israelense, que nesta quinta e sexta-feira foi alvo de uma série de ataques com foguetes Katiusha.

Na noite desta quinta, o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, visitou Kiryat Shmona para tentar convencer a populaçao da ``firme decisao' do governo de reagir após os ataques do Hezbollah, que causaram a morte de um soldado e feriram 26 civis.

Agora, os habitantes exigem açao, e nao palavras, para responder aos ataques da milícia integrista.

``Israel deveria atacar mais duramente. O Hezbollah está brincando conosco. Eles (os milicianos desta formaçao) sequer representam um país e veja o que nos fazem passar. A guerra explodirá depois de julho', disse Guy Malka, um estudante de 17 anos.

Os habitantes, nervosos, interrogaram o presidente israelense, Ezer Weizman, que visitou a cidade nesta sexta-feira.

Ainda que o governo israelense tenha se comprometido a retirar-se unilateralmente do Sul do Líbano antes de sete de julho, para pôr fim a uma ocupaçao que custou a vida de centenas de soldados israelenses, os combates continuaram na regiao, nos últimos meses.

Kiryat Shmona se estende sobre uma colina que marca a fronteira entre Líbano e Israel. Devido à sua localizaçao, a cidade vem sendo alvo de foguetes Katiusha lançados pelo Hezbollah durante os 22 anos de ocupaçao israelense no Sul do Líbano.

Apesar do perigo, os habitantes abandonaram na manha desta sexta-feira os abrigos de cimento, para fazer suas compras antes do Shabbat. As escolas permaneceram fechadas.

Mas, quando os Katiusha voltaram a cair, a polícia bloqueou rapidamente as ruas e, por alto-falantes, ordenou à populaçao que voltasse para seus abrigos, enquanto se escutavam sirenes em toda a cidade. Em poucos minutos, apenas soldados, policiais e jornalistas estavam nas ruas, apoiando-se nas paredes cada vez que um foguete explodia deixando colunas de fumaça e um forte cheiro de pólvora.

``A única maneira de nos protegermos é destruir os países árabes que nos cercam', gritou Roza Shalom, sentada do lado de fora de um abrigo próximo ao hospital.

Foguetes do Hezbollah também caíram no povoado de Shlomi, perto do balneário de Nahariya, onde um jovem resultou ferido.




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