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Santo André pede afastamento do árbitro da partida contra o Avaí
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
01/06/2006 | 07:11
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Depois de voltar de Florianópolis, às 13h20 de quarta-feira, a delegação do Santo André ainda juntava os cacos da derrota de terça-feira à noite diante do Avaí (1 a 0, em Florianópolis) pela Série B do Campeonato Brasileiro. O diretor de Futebol Sérgio do Prado seguiu de Congonhas até a sede do clube para tomar as primeiras providências. Logo no começo da tarde, ele telefonou à Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf), mas não conseguiu localizar o presidente da entidade, Edson Rezende, para relatar a roubalheira no estádio da Ressacada.

Houve outras tentativas. Hoje, Prado vai ligar de novo à Conaf para pedir o afastamento do juiz Fabrício Neves Corrêa, que arranjou um pênalti aos 46 do segundo tempo. O Santo André resistia à pressão do Avaí e poderia, em condições normais, segurar o zero a zero nos dois minutos que restavam. De repente, Carlinhos executou um cruzamento e a bola pegou no braço de Galiardo, mas a suposta falta ocorreu fora da área. O próprio Carlinhos converteu o pênalti. "Isso é crime. É um verdadeiro ato criminoso. Iremos apresentar o teipe do lance para comprovar que fomos vítimas de um assalto", acusa Prado, ao se referir às imagens da Sportv, que transmitiu o confronto ao vivo.

Na opinião de Prado, é normal ‘que um árbitro erre no futebol tanto quanto um atacante desperdiça um gol debaixo das traves’. No entanto, o dirigente acredita que o juiz Patrício Neves Corrêa e o auxiliar José Otávio Dias Bittencourt (de frente para o lance) tomaram uma ‘atitude premeditada’ para prejudicar o Santo André. "A gente sabe que há sempre um limite aceitável de falhas humanas em uma arbitragem. Só que os dois (Corrêa e Bittencourt) não poderiam marcar aquilo que não houve e aquilo que eles não viram. Sei que o critério de bola-na-mão ou mão-na-bola é duvidoso e cria polêmicas. Mas uma provável irregularidade fora de área não deveria nunca se transformar num pênalti que decidiu o placar. Repito: fomos vítimas de um crime", reafirma.

Prado recusa-se a admitir a hipótese – baseada na costumeira impunidade no país do futebol – de que não haverá qualquer punição à dupla gaúcha. "Não é bem assim. Também fomos prejudicados pelo sr. Roberto da Silva contra o Guarani e o denunciamos à comissão nacional. As transmissões diretas e os jornais de Campinas facilitaram as nossas provas. Colocado na geladeira, o rapaz não apitou mais. Não podemos nos calar. Vamos às últimas conseqüências para defender nossos interesses", ameaça.

Enquanto isso, o grupo se reapresenta na manhã de hoje, no Bruno Daniel, ligado no duelo de sábado, às 16h, em casa, contra o Ituano. O volante Bruno (expulso na Ressacada) desfalca o time. Emerson retorna ao setor.




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