A maioria das vítimas trabalhava na administração e no governo checheno pró-russo, segundo o chefe adjunto do gabinete checheno em Moscou, Vakha Baibatyrov. Segundo uma autoridade chechena pró-russa, três camicases cometeram o ataque, e não dois como se acreditava até o momento. Os suicidas jogaram dois veículos repletos de explosivos contra o edifício administrativo. Os veículos explodiram a 10 metros da entrada do prédio.

"Os terroristas tinham os documentos necessários para sua cobertura", destacou o vice-ministro checheno do Interior, Akhmad Dakaiev. "Duas permissões de passagem oficial estavam coladas nos pára-brisas do caminhão e do jipe, da mesma maneira que são utilizadas pelas Forças Federais", precisou.

Logo depois do ataque começaram as buscas de eventuais cúmplices dentro da administração chechena pró-russa, mas quase 24h depois do atentado nenhum suspeito foi preso. Os rebeldes chechenos atacam regularmente as autoridades chechenas pró-russas, as quais consideram traidoras.

O ataque tem todos os traços de rebeldes que lutam pela independência da Chechênia, no sul da região russa do Cáucaso. A luta contra a república russa já se prolonga por quase dez anos. Em 1991, os separatistas declararam independência. Três anos depois as tropas russas ocuparam a república.

Pessionado pelos rebeldes, o Exército russo se retirou em 1996, mas retornou à Chechênia três anos depois quando os rebeldes invadiram a vizinha república do Daguestão, que também faz parte da Federação Russa.