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Programa da reuniao do G8 é perturbado pela crise do Oriente Médio
Do Diário do Grande ABC
20/07/2000 | 10:34
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A pequena cidade de Nago, na ilha japonesa de Okinawa, se preparava esta quinta-feira para receber a cúpula do G8, cujo programa, inicialmente orientado para as discussoes sobre a nova economia mundial, pode ser alterado devido ao impasse nas negociaçoes sobre o Oriente Médio.

O presidente dos EUA, Bill Clinton, cuja presença na conferência foi dúvida até às vésperas do encontro, finalmente viajou para o Japao, um dia depois do previsto, deixando que o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, e o Primeiro-Ministro israelense, Ehud Barak, continuem negociando a paz em Camp David.

Reunidos num complexo hoteleiro construído especialmente para a ocasiao num pontal rochoso à beira-mar, os chefes de Estado e de governo das oito principais potências mundiais deverao trabalhar entre sexta-feira e domingo num programa de discussoes amplo, englobando desde a Internet até a luta contra a aids e o comércio internacional e a dívida dos países pobres.

Mas as negociaçoes de paz de Camp David, à beira do fracasso antes da viagem de Clinton ao Japao, podem acabar sendo incluídas na agenda, já que, segundo uma fonte oficial japonesa, os líderes do G8 planejam fazer uma declaraçao comum sobre o Oriente Médio ao término do encontro.

Os chefes de Estado e de governo da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Gra-Bretanha, Itália, Japao e Rússia deverao adotar uma declaraçao sobre o aumento do "abismo" entre países ricos e pobres, além de falar da situaçao na Península Coreana.

Clinton, que participa de sua última cúpula antes das eleiçoes, deve também defender o projeto norte-americano do escudo antimísseis, recebido com frieza pela maioria dos outros membros do G8.

O presidente russo, Vladimir Putin, que realizará suas primeiras intervençoes na entidade, deve expor a Clinton particularmente sua oposiçao ao projeto, revigorado pelo apoio recente da China.

A organizaçao da cúpula nesta ilha longínqua, localizada a 1.700 km a Sudoeste de Tóquio, saiu muito cara para o contribuinte japonês. Segundo cifras reveladas pelos organizadores, o Japao desembolsou para a reuniao um total de 81,4 bilhoes de ienes (aproximadamente 766 milhoes de dólares), metade aplicados apenas em medidas de segurança.




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