O PSDB estadual apurará, em 15 dias, o motivo de o diretório do partido em Mauá estar sem presidente. A convenção tucana que escolheria a nova Executiva municipal foi suspensa no último domingo, sem explicações à militância. Agora, a chapa do ex-prefeito José Carlos Grecco, que disputou contra a do presidente da Câmara, Carlos Polisel, quer validar o resultado do pleito realizado por ele no dia. Grecco diz que foi eleito por 104 votos a 2.

"Como não houve aviso formal da suspensão nem ninguém do diretório deu satisfação, elegemos o novo diretório e a nova Executiva", afirma Grecco, que estuda entrar com pedido na comissão de ética do partido contra a então presidente do diretório, Leni Walendy. Polisel contesta o resultado apresentado por Grecco. "Não vi a estadual aprovar a ata", questiona o parlamentar.

Polisel explica que pediu a suspensão da convenção pelo que considera abusos cometidos pela chapa adversária. O tucano alega que seu nome foi usado sem autorização por integrantes da juventude do partido, que criaram um cadastro em seu nome no site de relacionamentos Orkut. "Se eu tivesse ganhado o diretório, não mudaria o fato de que houve um crime eleitoral que precisa ser apurado primeiro", entende.

O irmão de José Carlos Grecco, vereador Edgar Grecco, também criticou a atitude de Leni de suspender a convenção do partido no último dia 11. "Foi um ato ditatorial e arbitrário. Agora, nossa discussão é com a estadual", declara. A coordenação estadual do partido prometeu resposta em duas semanas.

José Carlos Grecco acusou ainda o ex-presidente do PSDB na cidade, o atual secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Sérgio Walendy, de fazer uso da máquina há um mês da eleição no diretório. "Funcionários da Prefeitura e o próprio secretário estavam no diretório em horário de expediente. Sei que é uma acusação grave, mas tenho testemunhas para provar", garante. Tanto Sérgio quanto Leni não quiseram comentar as declarações da chapa adversária.