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Libertadores: brasileiros estão longe da artilharia continental
Por Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
11/07/2005 | 08:48
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O futebol pentacampeão já garantiu o título da Copa Libertadores da América e a vaga continental no 2º Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão, mas está longe de outra façanha. Nem Luizão, do São Paulo, nem Lima, do Atlético-PR, os finalistas, devem emplacar a artilharia da competição pela sétima temporada seguida. Os seis gols do paranaense e os quatro de Luizão estão distantes, a uma partida do final do torneio, do paraguaio Salcedo, que tem nove gols, embora o seu time, o Cerro Porteño, tenha sido eliminado nas oitavas-de-final pelo Atlético-PR. Se chegasse à final, Robinho, do Santos, com seis gols, poderia tornar-se o goleador maior pela condição alcançada no Brasil e no exterior. Afinal, apesar do momento divergente com o clube, certamente terminaria a competição antes de uma eventual transferência para o futebol europeu.

Desde a Libertadores de 1999 que os times brasileiros têm, no mínimo, um co-artilheiro. Na ocasião, Fernando Baiano, ex-Corinthians, atualmente no futebol espanhol marcou seis gols, assim como Zapata e Victor Bonilla (Deportivo Cali), o brasileiro Gauchinho (Cerro Porteño), Moran (Estudiantes Mérida, da Venezuela) e Ruben Sosa (Nacional, do Uruguai).

No ano seguinte, Luizão, então no Corinthians, deixou os concorrentes bem para trás. Fez 14 gols que ajudaram-no a se transformar no maior goleador brasileiro na Libertadores. Até agora, são 27 gols em todas as edições das quais participou.

A saga brasileira pela artilharia prosseguiu em 2001, com Lopes (Palmeiras), atualmente no Juventude-RS, com nove gols. Em 2002, o Grêmio caiu na semifinal, contra o Olimpia, mas o atacante Rodrigo Mendes, com 10 gols, foi o principal goleador. Na temporada seguinte, a primeira colocação foi dividida: Marcelo Delgado (Boca Juniors) e Ricardo Oliveira (Santos e atualmente no Betis, da Espanha), com nove gols, e em 2004, Luís Fabiano, pelo São Paulo, fez oito gols, antes de transferir para o Porto e, agora, para o Sevilla.

Pelé-Coutinho – O Brasil forneceu artilheiros célebres na história das 46 edições da Libertadores. Em 1962, o Santos ganhou pela primeira vez e teve o goleador do torneio, o atacante Coutinho, com seis gols. Três anos, com sete gols, foi a vez de Pelé terminar na ponta, mas sem título, que ficou para o Independiente, da Argentina. Depois de Luizão, os que mais marcaram gols numa só temporada foram Tupãzinho, pelo Palmeiras, em 1968, e Zico (Flamengo), em 1981, com 11 gols, e Palhinha, pelo Cruzeiro, em 1976, e Jardel (Grêmio), em 1995, pelo Grêmio.

Mais seis atacantes brasileiros foram goleadores na principal competição de clubes do continente: Toninho (6), pelo São Paulo, em 1972; Miltão (6), com o Guarani em 1979; Tita (8), com o Flamengo em 1984; Gaúcho (8), com o Flamengo, em 1991; Palhinha (7), com o São Paulo em 1992, e Sérgio João (10), pelo Bolívar, em 1998. No entanto, a artilharia máxima ainda pertence ao argentino Daniel Onega, que marcou 17 gols pelo River Plate em 1966.




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