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Campanha do Agasalho regional começa desarticulada
Aline Mazzo
Especial para o Diário
20/05/2005 | 07:59
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A primeira ação social organizada em conjunto pelas sete cidades do Grande ABC por meio do Consórcio Intermunicipal começou desarticulada. Quinta-feira de manhã, no lançamento da Campanha Regional do Agasalho, as primeiras-damas, responsáveis pelo planejamento da ação, não sabiam quais eram os locais para arrecadação e a quem exatamente a campanha vai beneficiar. O cadastro de famílias carentes e entidades filantrópicas não está concluído na maioria das cidades. As metas também são as mais variadas.

A campanha, discutida há um mês e meio, foi lançada quinta-feira, em um evento que reuniu seis das sete primeiras-damas da região na sede do Consórcio Intermunicipal, em Santo André. A programação foi ancorada por Marilda Dib, mulher do presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, William Dib. Apenas a de Santo André, Ana Avamileno, não compareceu, embora tivesse confirmado presença na véspera.

Com exceção de São Bernardo e Diadema, as Prefeituras ainda não tinham definido quinta-feira todos os locais de arrecadação e as entidades que receberão as doações. O quadro ao lado mostra na maioria repartições públicas como referência para as doações. Postos alternativos, envolvendo iniciativa privada, ainda estão sendo negociados na maioria das cidades. “Entre sexta-feira e sábado vou fazer uma reunião para definir o apoio dos comerciantes e das empresas da cidade”, explicou a primeira-dama de São Caetano, Denise Auricchio. A primeira-dama de São Bernardo, Marilda Dib, se reuniria quinta-feira à noite com 90 empresários para tratar do tema.

Com o slogan “Para aquecer o nosso coração”, o único caráter regional da campanha, de fato, é o patrocínio para a divulgação. “Nós nos unimos para conseguir patrocínio para as faixas, os outdoors e as caixas e darmos assistência para as cidades que não conseguiam essas estratégias de divulgação”, explica Marilda Dib. Os fornecedores ofereceram todo o material gratuitamente para as sete cidades. O restante das fases da campanha, como arrecadação, triagem e distribuição será feita individualmente por cada município.

São Bernardo quer reunir 100 mil peças de roupa e 10 mil cobertores para atender 140 entidades e famílias carentes da cidade. Santo André vai arrecadar o máximo de doações possível, com o objetivo de superar as 60 mil peças da campanha do ano

passado. Não foi informado a quantidade de beneficiários. Rio Grande da Serra pretende atender a 3.500 famílias carentes, e, para isso, aceitará também doações de quadrados de tecido no tamanho 20x20 cm para a confecção de colchas.

A primeira-dama de Mauá, Luzia Custódio Lopes, disse que tem dez entidades cadastradas para receber as peças. “Pode ser que aumente. Nós ainda vamos cadastrar mais”, afirma. Lígia Pinheiro Volpi, primeira-dama de Ribeirão Pires, não sabia a quantidade de famílias e entidades necessitadas das doações. Ela afirmou que o cadastro ainda não está concluído. São Caetano e Diadema não têm meta de arrecadação e de beneficiários definida. A campanha também promete ser solidária. Segundo Marilda Dib, as cidades que não conseguirem alcançar as suas metas, poderão contar com o excedente da arrecadação dos demais municípios.

O encerramento da campanha está marcado para 30 de junho, mas a distribuição das peças será feita na medida em que entrarem as doações. “Temos que chegar antes do frio”, destaca Marilda Dib. Em São Paulo, por exemplo, a campanha foi lançada há três semanas, quando a temperatura apresentava queda.

O diretor do Departamento de Defesa Civil de Santo André, Coronel Marco Antonio Archangelo, que representava a primeira-dama Ana Avamileno, explicou que cerca de 5% de tudo que é coletado na campanha não pode ser aproveitado. “É importante que as roupas, sapatos e cobertores estejam em boas condições de uso e limpas. Também poderão ser doadas roupas de verão, pois o clima no país oscila bastante”.




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