A contusão de Júlio César traz de volta Júnior Costa para o gol. Ele, que defendeu o Santo André praticamente durante todo o ano passado, se sente seguro e amadurecido para retornar ao posto. Leva, na bagagem, a confiança do técnico Sérgio Soares. "Não estou nem preocupado. No gol, fico muito tranqüilo com quem está jogando", elogia o treinador. Júnior Costa recebe as luvas de titular com orgulho. "Sempre pude contar com a confiança da diretoria, da comissão técnica. Claro que preferia ocupar o gol com o Júlio em uma situação diferente, não machucado, mas indo jogar na Europa, por exemplo", disse o goleiro.

Júnior Costa garante que está preparado, treina para isso e esperava pela oportunidade. Em 2003, assumiu o gol depois que Júlio César se contundiu no quadrangular da Série C, contra o Botafogo da Paraíba. No ano passado, foi ele quem defendeu a posição até a semifinal da Copa do Brasil, contra o XV de Novembro de Campo Bom. Participou também do Campeonato Paulista e do Brasileiro da Série B. "Naquela época eu tinha saído dos juniores, não era experiente, mas a fase de insegurança já passou", garante.

"Ficar sem jogar é sempre complicado, mas venho treinando bem com o professor Robertinho (preparador de goleiros), fiz alguns jogos-treinos. Claro que uma competição oficial é diferente".

Até o nome Júnior Costa mudou. Antes ele era apenas Júnior. Ganhou sobrenome porque "tem muito Júnior por aí". "Tem o Júnior Baiano, o Júnior do São Paulo. E goleiro tem de ter dois nomes, né?", brinca, timidamente.