Setecidades Titulo Caso em Diadema
Após matéria no Diário, familiares conseguem transferir paciente de hospital
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
28/08/2021 | 17:39
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Celso Luiz/ DGABC


Atualizada às 19h31

Após denúncia veiculada no Diário de que o paciente Luis Fernando Batista, 51 anos, estaria sofrendo maus tratos no HMD (Hospital Municipal de Diadema) Piraporinha, o homem conseguiu transferência para o Hospital São Paulo, na Capital.

Batista estava há quase 90 dias internado no equipamento de saúde municipal e os familiares do paciente informaram o Diário de que o homem estava abandonado em um dos quartos do hospital, sem sequer receber banho diário. Os filhos do paciente ainda relataram foram informados pela equipe de funcionários de que o paciente estaria recebendo medicamentos que não serviriam para o seu tratamento.

Internado inicialmente para tratar de quadro de Covid-19, o homem, por ficar muito tempo deitado na cama acabou contraindo escaras – ferimentos que aparecem em certas parte do corpo. Uma destas feridas acabou infeccionando, o que agravou o quadro do paciente.

Preocupados com a vida de Batista e chocados com a situação do homem, os familiares pediram para que o paciente fosse removido para outro equipamento de saúde. Para isso, conseguiram duas liminares que exigiam a remoção imediata do paciente, sob condição de que, caso houvesse desobediência da decisão, o HMD teria que pagar R$ 1.000 por dia até concluir a transferência do paciente.

Esta é a segunda vez, entretanto, que o homem segue para o Hospital São Paulo. Batista já tinha ido ao equipamento de saúde para possível intervenção cirúrgica para tratar dos ferimentos na pele, mas após avaliação médica o paciente retornou ao HMD.

O filho de Luís Fernando, o analista de contas Vinicius Caetano Batista, 29 anos, comenta que depois de sua transferência, Luís já fez nova avaliação e realizou alguns exames. "A expectativa é a de que ele melhore. Só queremos que ele tenha tratamento decente e seja bem tratado, o que não estava acontecendo nesses últimos dias", declara. 

Ainda neste sábado, ainda segundo o filho, Luís estava agitado e ficou sabendo da transferência 'em cima da hora'. "Só avisaram que a ambulância estava chegando e que ele sairia do hospital", completa Vinícius. Mais cedo, Luís tomou banho na unidade de Diadema mas não tinha feito a dieta necessária do tratamento e nem a fisioterapia. 

De acordo com Vinícius, o documento do hospital de Luís constava a remoção do paciente da unidade de Diadema para uma nova avaliação na unidade de São Paulo e não como transferência. "Encaminhado para avaliação na referência de complexidade adequada", informa laudo. 

POSICIONAMENTO - A Prefeitura de Diadema confirmou a transferência de Luis via Cross (Central de Regulação de Serviços de Saúde) e informou que ''''não foi arbitrada nenhuma multa ao município'''' sobre esse caso. 




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