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Vereadores estão de olho na cadeira de prefeito em Mauá
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
24/11/2004 | 09:48
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Com a indefinição em torno das eleições em Mauá, vereadores eleitos já fazem articulação para definir o futuro presidente da Câmara, que assume a Prefeitura caso a Justiça não defina a situação até 1º de janeiro, dia em que ocorre a posse de prefeitos e parlamentares.

Há pelo menos dois pré-candidatos à presidência da Câmara. Um do grupo de Leonel Damo (PV), que é o atual presidente da Casa, Diniz Lopes (PL), e outro do grupo de Márcio Chaves Pires (PT), que é Paulo Eugênio Pereira Júnior (PT).

Paulo Eugênio se diz pré-candidato, mas afirma que a indicação dependerá ainda de uma definição dentro da bancada do PT. Ele diz que se não houver decisão da Justiça Eleitoral até 1º de janeiro o partido precisa estar preparado para qualquer situação. "Nossa expectativa é de que tudo seja resolvido ainda neste ano, mas se isso não ocorrer, temos de estar preparados para conquistar a presidência da Câmara e, com isso, ajudar na eleição do prefeito."

Ele acrescenta que já houve reunião entre os sete vereadores eleitos na coligação PT/PC do B/PTB e que há compromisso de lançarem candidato a presidente do Legislativo. "Com toda essa questão judicial, é importante a questão da presidência da Câmara", avalia Paulo Eugênio. Ele diz já ter conversado também com vereadores eleitos em outras coligações para buscar eventuais apoios.

Diniz Lopes (PL) pertence a grupo que elegeu dez vereadores e por isso demonstra confiança com a nova disputa pelo Legislativo. Ele diz que tem sido procurado por parlamentares eleitos para lhe oferecer apoio.

O liberal afirma que se novamente for eleito presidente da Câmara no mandato seguinte e tiver de assumir a Prefeitura por determinado período, vai se sentar com o grupo de Leonel Damo para traçar diretrizes. "Vou fazer consulta ao grupo a que pertenço e principalmente ao Leonel para saber o que vamos colocar em prática. Não se pode governar sozinho."

A indefinição sobre as eleições em Mauá ocorrem por causa de recursos que tramitam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) questionando tanto a validade da eleição quanto a cassação do registro da candidatura de Márcio Chaves. Mesmo que a impugnação seja mantida no TSE, o petista ainda terá recursos no STF (Supremo Tribunal Federal), onde poderá conseguir liminar com efeito suspensivo da decisão para disputar a eleição.

A perdurar a sentença de cassação, toda a questão se volta para a decisão do TRE-SP, sobre se o segundo colocado, Leonel Damo, teria ou não obtido a maioria indispensável de votos, o que está sendo questionado pelo PT. Se o julgamento for favorável a Damo, mantém-se a decisão da juíza Ida Inês Del Cid de proclamá-lo vencedor, com a conseqüente diplomação e posse. Caso contrário, novos impasses envolvendo a realização de novas eleições. O primeiro deles é se haveria apenas um segundo turno, desta vez entre o segundo e o terceiro colocados, ou se haveria nova eleição, com possibilidade de novo segundo turno.




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