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S.Bernardo demite dois vigilantes agressores

Outros três funcionários foram advertidos por incidente ocorrido no Pronto-Socorro Central da cidade

Elaine Granconato
11/11/2011 | 07:00
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Nove dias depois do incidente ocorrido no Pronto-Socorro Central de São Bernardo, dois vigilantes envolvidos na agressão a pacientes serão demitidos por justa causa. A medida administrativa foi tomada pelo secretário de Saúde, Arthur Chioro, a partir da sindicância aberta pela Prefeitura e que resultou em relatório finalizado e apresentado ontem.

Outras três pessoas envolvidas no caso - um segurança, o líder dos vigilantes e o assistente administrativo da unidade de Saúde - foram advertidos por escrito e terão os documentos fixados no prontuário. Um quarto segurança, porém, ficou isento de qualquer punição.

Segundo Chioro, a Comissão de Sindicância ouviu vários servidores públicos envolvidos nas agressões a três pessoas - duas mulheres que aguardavam o atendimento no Pronto-Socorro e o marido de uma delas. "Demos direito de defesa a todos", acrescentou Chioro.

Porém, o que pesou mesmo para as punições foram as imagens das câmeras de segurança internas da unidade. As cenas comprovaram o relatado pelas vítimas. A própria equipe do Diário teve acesso às imagens e constatou o uso descabido da força pelos dois agentes de Segurança.

Mais uma vez, o secretário fez questão de frisar que, desde 2009, foi o primeiro episódio dessa natureza no local.

O médico sanitarista foi além e aproveitou para dar leve cutucada no governo anterior, capitaneado por William Dib, hoje deputado federal pelo PSDB. "São heranças. A capacidade física do atual pronto-socorro é reduzida. Antes, tudo era feito na base do puxadinho", criticou o secretário do governo petista.

E a discussão no pronto-socorro, na noite de quinta-feira, começou exatamente quando o marido de uma paciente quis acompanhar a mulher até o corredor dos consultórios médicos, bem estreitos, já que o prédio é de construção mais antiga. A entrada só é permitida para amparar idodos, gestantes e crianças. Os vigilantes resolveram impedir. Na troca de socos, sobrou até para usuária que tentou registrar a cena pelo celular.

Chioro garantiu que a situação será mudada com a construção do Hospital de Urgência, além de centro cirúrgico, ao lado do atual PS.

HUMANIZAÇÃO

Outras medidas que serão tomadas pela superintendência da unidade de Saúde de emergência é o investimento em cursos de capacitação dos servidores para o atedimento humanizado da população que procura pelo serviço público. E também apoio psicológico aos trabalhadores que atuam nesses ambientes de estresse e conflito.

A Fundação do ABC é a gestora do sistema no Pronto-Socorro Central, inclusive responsável pela contratação dos vigilantes na parte interna, mas a Secretaria de Saúde detém o controle.




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