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A cada 3 minutos 1 morador é infectado pela Covid na região

Foram 22.559 casos positivos desde o dia 1º de janeiro até sexta-feira; no mesmo período, cidades têm uma morte a cada uma hora e 17 minutos

Por Anderson Fattori
Diário do Grande ABC
15/02/2021 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A cada três minutos um morador é infectado pelo novo coronavírus no Grande ABC em 2021. Do dia 1º de janeiro até sexta-feira, as sete cidades da região já haviam computado 22.559 diagnósticos positivos de Covid-19, ou seja, 524 a cada 24 horas. Desde os três primeiros casos da doença, informados pelas prefeituras de São Bernardo e São Caetano no dia 15 de março de 2020, foram 121.772 casos até sexta-feira, com 363 por dia ou um a cada quatro minutos.
 

Em relação ao número de mortes, neste ano, até sexta-feira, haviam sido computadas pelas sete cidades da região 857 em apenas 43 dias, o equivalente a uma vida perdida para a doença a cada uma hora e 17 minutos. Desde o início da pandemia foram 4.337 óbitos registrados, equivalentes a uma vítima fatal a cada uma hora e 52 minutos.
 

Os números mostram que a doença está acelerando na região em 2021 e a solução do problema passa pela imunização da população. Os especialistas, porém, alertam para número insuficiente de vacinas disponíveis. O Grande ABC, por exemplo, recebeu até agora 161.321 doses da vacina, mas o último lote que chegou para as cidades, na quarta-feira, dia 10, com 54.101 imunizantes, deve ser utilizado para aplicar o reforço em quem já recebeu a primeira dose. Ou seja, as cidades da região têm capacidade para imunizar, neste momento, 107.220 pessoas, o que representa apenas 3,8% dos 2.807.712 habitantes.
 

A SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) alerta que a diminuição de casos e mortes só deve ocorrer quanto as cidades conseguirem imunizar boa parte da população. “A imunidade coletiva, ou de rebanho, é obtida quando a maior proporção de indivíduos em uma comunidade está protegida, seja porque teve a doença ou porque foi vacinada. Isso porque, com poucas pessoas vulneráveis, a circulação do agente que causa a doença cai, protegendo de modo indireto aqueles que não estão imunizados. A porcentagem necessária de vacinados para conseguirmos a imunidade de rebanho varia de acordo com a doença e com a efetividade da vacina. Ainda faltam informações sobre qual o percentual exato de imunizados é necessário para a adequada imunidade coletiva contra a Covid, contudo, dada a grande capacidade de contágio do Sars-CoV 2, podemos esperar que seja necessária uma grande proporção”, explica a entidade, em seu site oficial.
 

Outro ponto levantado pela SBIm é o tempo que demora entre a aplicação da dose e a imunização do indivíduo. “O organismo precisa de tempo para fabricar anticorpos. Estima-se que o potencial completo da vacina seja atingido em cerca de duas semanas após a imunização. É importante lembrar que para as duas vacinas disponíveis no Brasil (Coronavac e Oxford) são necessárias duas doses”, finaliza a SBIm.




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