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Clandestinos dominam transporte em Mauá
Por Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
25/07/2007 | 07:19
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O transporte clandestino venceu a concorrência com os ônibus no Jardim Oratório, em Mauá. Lá, os coletivos circulam quase vazios. Antes das 5h, é grande o movimento no ponto na altura do número 587 da Avenida Ayrton Senna da Silva.

O transporte favorito dos trabalhadores são os carros de passeio em mau estado, conduzidos por motoristas que cobram R$ 2 dos passageiros pela viagem com destino ao Centro da cidade. Além da economia de R$ 0,30 na passagem, os usuários afirmam que a locomoção dentro dos carros de passeio é mais rápida.

“Os ônibus demoram para passar, dão muita volta e são mais caros (R$ 2,30)”, comentou uma mulher, enquanto aguardava o clandestino. É intenso o movimento dos veículos ilegais que transportam, em média, quatro passageiros num percurso de cerca de 2,5 quilômetros.

O Diário noticia a prática ilegal desde agosto de 2006.

Trajeto - Na manhã de terça-feira, a reportagem esteve no Jardim Oratório. No ponto de ônibus, cinco carros se revezavam no transporte de passageiros.

A espera não durou mais que cinco minutos. “Dê R$ 2 e eu te deixo na estação”, disse o motorista de uma Parati. Para ele, a repórter era uma nova cliente. Dentro do veículo, uma mulher aguardava a lotação para saída do clandestino. “Eles só saem com carro lotado. Ainda bem que sempre tem gente”, disse.

A espera não demorou. Quatro passageiros lotaram o carro. Do lado de fora, nenhuma identificação de transporte coletivo. Dentro, bancos forrados, ausência de cinto de segurança para passageiros e um mini-ventilador preso ao painel.

O trajeto durou 6 minutos. Começou na Avenida Ayrton Senna da Silva e terminou na esquina da Avenida Américo Perella com a Rua Rui Barbosa.

O caminho de volta é garantido após as 10h da manhã, quando o movimento bairro-Centro fica menor.

O ponto de saída dos veículos sentido bairro é um estacionamento a 30 metros do 1º DP de Mauá, na Rua Guido Monteggia. O transporte é garantido até a 1h.

Recorrente - Moradores contam que o transporte clandestino no Jardim Oratório existe há mais de 10 anos.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Mauá afirmou que não concorda com o transporte clandestino de pessoas na cidade. Segundo a administração, a pedido dela, a Polícia Militar realiza blitze para coibir a prática.




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