Setecidades Titulo Perigo
Polo Petroquímico registra 11 interceptações de balões ao mês

Maioria dos casos ocorreu entre maio e junho, com média de uma ocorrência a cada dois dias

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
05/09/2020 | 00:01
Compartilhar notícia


Dados do Cofip ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC) mostram que o número de queda de balões no Polo este ano chegou a 11 casos ao mês. De janeiro a julho deste ano foram 79 ocorrências, aumento de 6,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Apenas entre os meses de maio, junho e julho, foram 61 objetos abatidos. O acompanhamento das ocorrências se dá no âmbito do PAM (Plano de Auxílio Mútuo) Capuava, compromisso formal entre empresas e órgãos públicos para a atuação integrada no atendimento a emergências.

“Os balões representam o principal risco externo para o Polo Petroquímico do Grande ABC, que registrou, em média, 11 balões abatidos por mês, entre janeiro e julho”, afirma Valdemar Conti, coordenador do PAM Capuava. Ele chamou a atenção para o grande número de ocorrências entre maio e julho, meses em que ocorrem as festas juninas e se tornam mais comuns as ações de grupos que soltam balões e expõem toda a população a perigos.

O fato de as pessoas estarem mais em casa, por causa da pandemia de Covid-19, e o clima mais seco deste período contribuíram para este índice, na avaliação de Conti.“Os balões podem cair ainda em chamas sobre locais aleatórios, como o telhado de uma casa, e colocar em risco a segurança de uma família, ao provocar incêndio de grandes proporções”, aponta. Além da grande área de mata no entorno do Polo, as empresas estocam diversos materiais inflamáveis, o que potencializa o risco de acidentes.

Segundo o Cofip, o monitoramento do céu no Polo Petroquímico do Grande ABC é permanente, com foco na captura de balões que ofereçam riscos às instalações. Quando um objeto é avistado, os brigadistas acionam sistema interno de comunicação para fazer o alerta e atuam com rapidez por vias internas que interligam as indústrias. Em viaturas equipadas com canhões, conseguem abater o balão ainda no ar.

O coordenador destaca que a população tem importante papel na prevenção de problemas causados pelas ações de baloeiros, ao fazer denúncias anônimas ao Disque Denúncia (181) ou à Polícia Militar (190). “Não só soltar balões é crime, como também fabricar, vender e transportar, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (lei federal número 9.605/98), que prevê detenção de um a três anos e/ou multa”, completou. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;