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Uma artista em Paranapiacaba

Irene Coelho – cantora, fadista, radialista – morou no Alto da Serra e sua memória é preservada pela jornalista Thaís Matarazzo

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
04/07/2020 | 00:30
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Memória tem reservado a edição de sábado para destacar a memória no rádio. Por aqui desfilaram idealistas da chamada ‘latinha’ (microfone) que preservavam a história, entre os quais Antonio Dalto, Clovis Bertolino, Geraldo Nunes, Irene Coelho, J. Lernic, Marcelo Duarte, Milton Parron, Padre Zezé, Paulo Roberto, Varela e Mimi Leal.
Parron é o nosso ídolo. Realiza um trabalho extraordinário na Band – mesmo que a emissora o esconda na programação, o que é lamentável.

Varelinha Leal está firme na Rádio ABC, do mais antigo programa apresentado pelo mesmo locutor e na mesma emissora – precisamos falar mais dele aqui.
Geraldo Nunes – São Paulo de Todos os Tempos – que desperdício, está fora do ar, ele que tem tanto a contribuir, verdadeiro historiador.
Houve sábado que a página era quase que totalmente ocupada pelos radialistas e memorialistas de rádio. E é por isso que recebemos com emoção o documento de hoje, a carteirinha da EF São Paulo Railway que pertenceu a Irene Coelho, presente da menina Thais, que conta:

- Quando eu escrevi o meu primeiro livro sobre a fadista Irene Coelho, tive acesso ao seu acervo pessoal, em poder do único filho da Irene, o Irineu Coelho.

- Ela morou algum tempo em Paranapiacaba. Na ocasião que consultei o material, encontrei a carteirinha da São Paulo Railway. Consegui localizar as fotografias que tirei para te enviar a título de curiosidade.

- Ela nasceu em Rio Claro, São Paulo, a 4/7/1921. O pai era italiano e o sobrenome, Raymondo. Ela detestava o sobrenome, quando casou adotou o ‘Coelho’ do marido.

- Uma vez você me contou que havia a entrevistado. O filho da Irene uma vez me emprestou uma fita com vários enxertos de entrevistas da mãe, estava tudo bagunçado e sem referência. Tinha um trecho em que você a entrevistou e ela falou que morou no Alto da Serra, foi na época em que a mãe casou-se novamente, com o português João Garcia.

Nota – Pois é. Entrevistamos Irene Coelho, num domingo pela manhã, na Rádio Nova Difusora de Osasco, onde ela apresentava o programa Melodias Portuguesas, mais de 60 anos no ar.

Nesta página Memória, ela estava sempre, e numa das reportagens mostramos Irene Coelho como “a pequena cantora do Alto da Serra” (cf. edição de 11 de junho de 2001).
Irene Coelho hoje é saudade. Sua história está no livro da Thais, no livro Programa de Auditório e nesta carteirinha da verdadeira menina de Paranapiacaba que tantas vezes cruzou o Grande ABC de trem.
Valeu, Thais.

Diário há meio século

Sábado, 4 de julho de 1970; ano 12; edição 1274
Automobilismo – A página No Mundo das Rodas focaliza o milionésimo Volkswagen brasileiro.
“Pode-se dividir a história da Volkswagen do Brasil em duas etapas: a de simples montagem de veículos, iniciada em 1953, e a de produção, a partir de 1957”, escrevia o jornalista Julio Pinheiro, pseudônimo de Hermano Pini Filho.

Em 4 de julho de...
1915 – Chega a São Bernardo, em visita pastoral, dom Duarte Leopoldo e Silva, arcebispo metropolitano.
1920 – Jogam, pela Segunda Divisão, Primeiro de Maio, de Santo André, e Itália FC, no campo do Sírio, em São Paulo.
1960 – O fim a Coap (Comissão Federal de Abastecimento e Preços), criada em 1951 (governo Getúlio Vargas).
Seu objetivo era promover a estabilização dos preços das mercadorias básicas da mesa do brasileiro, detendo a carestia.
Eram comuns os tabelamentos e controle de preços do arroz, feijão, óleo etc. Não deu certo. Preços congelados, os produtos desapareciam das prateleiras dos armazéns, empórios e mercados.
Um dos postos ficava no bairro Assunção, em São Bernardo, no chamado Largo da Coap, próximo ao antigo campo do Triângulo EC.
Para substituir a Coap e seus postos revendedores o governo criou outro organismo, o CCA (Centro Coordenador do Abastecimento). Também não deu certo.

Hoje
- Dia do Operador de Telemarketing
- Dia Internacional do Cooperativismo
Santos do dia
- André de Creta
Isabel de Portugal. Elisabetta em catelão (1271-1336). Rainha, casada com dom Diniz, que foi rei de Portugal. Optou pela pobreza e à caridade

Demétrius vive
Texto: Milton Parron
O quinto programa Memória revivendo os acontecimentos que foram manchetes na década de 1960 abordará:
- A tristeza com a morte de alguns artistas internacionais de enorme prestígio, entre eles Nat King Cole e o fantástico tenor Tito Schippa, uma das mais bonitas vozes do canto clássico do século que passou.
- Visitas ilustres que o Brasil recebeu: a primeira-ministra da Índia Indira Gandhi, a rainha Elizabeth da Inglaterra e o príncipe Akihito, herdeiro do trono japonês.
- Trechinho da primeira missa realizada no mundo em italiano, até então eram celebradas em latim. O celebrante foi o papa Paulo VI.
- A corrida espacial reservava uma emoção a cada mês. Destacamos o primeiro passeio do homem no espaço, completamente fora de sua cápsula espacial, façanha dos russos.
- O troco veio com os astronautas norte-americanos, para espanto do mundo, dando a volta ao redor da Lua e retornando à Terra.
-A Câmara Federal negou licença para que o governo promovesse processo contra o deputado Márcio Moreira Alves, que teria ofendido as Forças Armadas. A retaliação foi imediata com a edição do famigerado AI-5.
- No campo musical, alguns dos inesquecíveis shows dos Beatles, o rei dos bailes Ray Conniff e sua orquestra e seu coral, Cauby Peixoto, Ângela Maria e Demétrius – cujos últimos foram vividos na Vila do Tanque, em São Bernardo.
EM PAUTA - Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – Anos dourados – V de uma série. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, amanhã, às 5h. Na internet: www.radiobandeirantes.com.br .

Dia Municipal do Escritor Andreense
Texto: Alexandre Takara
Alvissareira a notícia do projeto de instituir o Dia do Escritor Andreense, a comemorar em 29 de outubro, data de nascimento de Antonio Possidonio Sampaio.
Ele foi corajoso sem arrogância, sereno sem esmorecimento, perseverante sem teimosia, humilde sem subserviência, cauteloso sem covardia.
Possidonio Sampaio foi um homem que atingiu sua plenitude, em defesa da liberdade e da justiça, atestam seus livros. 




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