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Remake de 'Ti-Ti-Ti' em clima de homenagem
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
19/07/2010 | 07:43
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TV Globo/Divulgação


Para quem já era minimamente apegado à TV durante dos anos 1970 aos 1980, a assinatura Cassiano Gabus Mendes (1929-1993) era sinônimo, no mínimo, de tramas carregadas de significado. A partir de hoje, com a estreia do remake Ti-Ti-Ti no horário das sete da Globo, é a chance dos mais novos vivenciarem um pouco da veia criativa do autor.

A trama ficou nas mãos de Maria Adelaide Amaral. A escritora tem ao menos o benefício da dúvida: além de competente na condução de tramas de minisséries de sucesso, ela foi trazida ao mundo televisivo pelo próprio Gabus Mendes. Em 1990, a convite dele, integrou a equipe de Meu Bem, Meu Mal. Após a morte do autor, ela assinou a releitura de Anjo Mau (1997), sucesso do autor exibido originalmente em 1976.

Na obra que marca sua volta às novelas depois de emendar uma minissérie, Maria Adelaide optou por fazer uma grande homenagem aos tipos cômicos desenvolvidos pelo mestre. À trama básica de Ti-Ti-Ti, de 1985, incluiu alguns núcleos de Plumas e Paetês, de 1980.

A autora alterou pouco o principal: a rivalidade que beira o ridículo entre dois ex-vizinhos é o ponto de partida. André Spina (Alexandre Borges, papel que foi de Reginaldo Faria) e Ariclenes (Murilo Benício no lugar de Luís Gustavo) envolvem-se em disputas desde a infância.

Ari se sai melhor: ganha na loteria e se casa com Susana (personagem que foi de Marieta Severo e agora é de Malu Mader). Não dura muito: gasta seus milhões em negócios mal-sucedidos e é abandonado pela mulher. O rival, que assumiu a alcunha Jacques Leclair, é um estilista de roupas para festa que conta mais com seu charme do que com a qualidade de seus desenhos para sobreviver nos negócios.

Decidido a acabar com Leclair, Ari assume ele mesmo a alcunha de um estilista fictício: o espanhol Victor Valentim. Para apimentar a trama, a filha de André se apaixona pelo filho de Ari.

O pano de fundo da moda é complementado pelas histórias retiradas de Plumas e Paetês. O casalzinho da história é formado por Edgar (Caio Castro) e Marcela (Ísis Valverde). Ele é um fotógrafo que se divide entre o noivado com Camila (Maria Helena Chira) e um caso com a sócia, Luísa (Guilhermina Guinle). Ela é uma garota grávida que acaba sendo confundida com a namorada do irmão de Edgar, morto em um acidente.

Mário Fofoca, de Elas por Elas (1982) também aparecerá esporadicamente. Luís Gustavo, que o interpretou da primeira vez, segue no posto. Outra personagem pinçada da obra de Gabus Mendes e garantida no folhetim é Kiki Blanche, de Locomotivas (1977), antes vivida por Eva Todor e hoje interpretada por Maria Zilda Bethlem.




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