Do Diário OnLine
30/01/2003 | 09:55
O coordenador da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), João José Sady, enviou ao secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, denúncia de que oito presos estariam sofrendo risco de vida no Centro de Detenção Provisória de Parelheiros.
A denúncia foi feita ao advogado pelo pai de um dos detentos, Alcides Diniz Medeiros, após saber que seu filho estaria fisicamente fragilizado e sem se alimentar desde que foi transferido de Diadema para o Regime de Observação do CDP, no dia 10 de janeiro.
Medeiros denunciou ao advogado que seu filho foi considerado membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por uma facção rival e por isso estaria sendo ameaçado de morte junto com os outros supostos integrantes do grupo.
O pai ficou sabendo do incidente por uma advogada que entrou no local, a seu pedido, e constatou o estado de Alexandre. A solicitação aconteceu porque a família ainda não tinha sido informada sobre os dias de visita. Na ocasião, o detento relatou que alguns carcereiros deixaram as trancas das celas abertas para facilitar a entrada dos presos da outra facção ao Regime de Observação, aumentando a tensão no local.
Medeiros garante que o filho não pertence a nenhuma facção e pediu o apoio da CDH da OAB SP para que ele consiga ser transferido ou mudar de Ala. Em seu relatório, ele justificou: "Sei que o meu filho deve pagar pelo que fez à Justiça, mas não com a sentença de morte perpetrada por outros criminosos".
No ofício, Sady pediu ao secretário a apuração dos fatos e a proteção dos presos relacionados no documento, caso seja constatada a existência do risco de vida dos detentos.
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