Três empresas do ramo aeronáutico - Sobraer, Sopeçaero e Pesola - fornecedoras da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), localizada em São José dos Campos, estão com suas atividades totalmente paralisadas, após decisão de greve dos trabalhadores em assembleia unificada, realizada na manhã de sexta-feira.

Os trabalhadores querem que as negociações da campanha salarial do setor aeronáutico sejam em setembro e exigem o pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados). As empresas, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, se negam a pagar o benefício e não mostram disposição em negociar. No ano passado, a média paga pelas empresas foi de R$ 2.300.

Fabricantes de componentes usados nos aviões da Embraer, elas reúnem cerca de 250 funcionários. Nova assembleia está marcada para segunda-feira, pela manhã, para avaliar a continuidade do movimento. "As empresas aeronáuticas, lideradas pela Embraer, não reconhecem setembro como nossa data-base, mas para nós isso está definido.

Exigimos que as negociações sejam feitas juntamente com as montadoras e os setores de autopeças e fundição", disse o diretor sindical José Donizetti de Almeida. Na pauta de negociação estão aumento de 14,65% e redução da jornada.