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Quantos vereadores eleger?

Faltando poucos dias para as convenções que escolherão os candidatos...

Por Dgabc
04/06/2012 | 00:00
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Artigo

Faltando poucos dias para as convenções que escolherão os candidatos, muitos municípios ainda não sabem quantos vereadores irão eleger no dia 7 de outubro. A Emenda Constitucional 58/2009 fixou os números máximos de cadeiras para as câmaras municipais, mas a população tem rejeitado o aumento, sob a argumentação de que não há necessidade de tanto vereador. É bem provável que, em muitas cidades, não haja tempo suficiente para aumentar o quadro legislativo, pois o número de vagas em disputa é que determina a quantidade de candidato que cada partido ou coligação pode apresentar. Deflagrado o processo eleitoral, não tem mais como mudar.

O vereador, se bem analisado, é o mais legítimo representante eleito pela comunidade. É o único que, mesmo depois de eleito, continua atuando diretamente junto ao povo, de quem deve colher as reivindicações para encaminhamento à vida oficial. Durante muito tempo, esse ente social não foi remunerado. Sua paga era o respeito e o reconhecimento da comunidade a quem servia e a vantagem era desfrutar da vida melhor que ajudava a construir para todos. No entanto, as idas e vindas institucionais do País estabeleceram a remuneração ao cargo, sob o pretexto de que, sem salário, só os ricos podiam exercer o mandato. A partir de então, o mandato tornou-se meio de vida para muitos e, gradativamente, a classe perdeu o respeito da comunidade.

Precisamos reencontrar o ponto de equilíbrio. É bom ter o maior número de representantes trabalhando pela causa pública. Mas todos têm de atentar para a natureza do mandato e não fazer dele um emprego ou meio de vida. Exceto nas grandes capitais, nada impede que, ao ser eleito vereador, o indivíduo mantenha sua ocupação profissional. Por conta disso, ele não precisa de salário elevado nem de mordomias e, também, não tem a necessidade de reeleger-se a qualquer custo para continuar mantendo seu nível de vida.

Se levarmos em consideração que todo município tem um limite do seu orçamento para gastar com as despesas do Poder Legislativo, não haverá razão para criar embaraços ao aumento do número de vereadores. Além do vereador, todos os detentores de mandatos eletivos precisam, urgentemente, adotar posturas e ações que lhes devolvam o respeito da coletividade. Isso também faz parte da consolidação democrática.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de S.Paulo.

PALAVRA DO LEITOR

Pedestres

Já que as prefeituras do Grande ABC não quiseram investir adequadamente em campanha de respeito à faixa de pedestres, façamos nós mesmos. Como iniciativa popular, proponho aos bons motoristas, às pessoas de bem, colar no vidro de seus carros a frase ‘Eu Respeito Faixa de Pedestre'. Ajudaremos a criar a cultura de respeito ao pedestre e damos exemplo.

Charles França, São Bernardo

Apartamentos

Não há verba para o aumento real de aposentados nem para a Saúde, mas o glorioso ministro das Cidades, junto ao seu staff, se desloca de Brasília para São Bernardo para participar da entrega de 68 apartamentos! Como se o dinheiro do contribuinte fosse apenas para viagens de lazer. Mas o ministro tem a quem puxar. A presidente se desloca apenas e tão somente para visitar seu antecessor. Acho que as autoridades deveriam utilizar seus horários de trabalho para tal. Este é um governo que pensa pequeno. Logo haverá ministros de Estado participando de inauguração de churrasqueiras, afinal o dinheiro não sai do bolso deles!

Carlos Varhidy, Santo André

IPI

Tremenda enganação a redução do IPI nos automóveis! O governo de Dilma quer enganar quem? As montadoras estão dando os descontos do imposto, mas não abrem mão da sua margem de lucro. Estão rebaixando os salários dos funcionários novos e aumentando as remessas de lucros para suas filiais em países da Europa e Estados Unidos. E abrem PDV, fazem empréstimo no BNDES, que desde a era Lula triplicou as liberações para as montadoras. Os empregos diminuíram nessas fábricas, e o pior: com o aval dos sindicatos dos metalúrgicos e centrais sindicais! Cadê as reformas fiscal e tributária, esquecidas desde a era Fernando Henrique? Dilma continua com as lições da cartilha de Fernando Henrique e Lula, de continuar dando migalhas ao povo para ter votos nas próximas eleições. Não me enganam!

Ailton Gomes, Ribeirão Pires

Riacho Grande

Sobre o relato da leitora Carolina Grana (Que exemplo, dia 31), a senhora pergunta e eu respondo: acredito que não. Acha estranho? É por que não conhece o Riacho Grande. O departamento de trânsito nem sabe que existe. Aliás, sabe sim! Somente alguns domingos, quando o tempo está bonito (os agentes pensam que no Riacho só tem gente de domingo passeando; durante a semana, ninguém sai de casa), vê-se uma viatura dando umas voltinhas por lá. Não é estranho não, é voltinha mesmo! Eles vão até a balsa e voltam sem nada fazer. E a bagunça comendo solta! Esse é nosso departamento de trânsito. Aliás, do valor que pagamos no IPVA uma parcela não fica no município? No caso do Riacho, ela não está sendo utilizada em nosso benefício. Mas não esqueçam que a eleição está aí.

Danilo Colombo, São Bernardo

Nova Lions

Prezado Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, sou o artista Luis Sarasá. Antes da eleição estivemos numa reunião com artistas da cidade e o seu grande colaborador Ramiro Meves. Da pauta que ficou a ser feita falta muito, mas agora o assunto é outro. Moro na Vila Caminho do Mar há mais de 50 anos e durante as obras da nova Lions tivemos meses de trânsito insuportável. Com a inauguração piorou muito! Sua engenharia de trânsito faz tudo para piorar dia a dia. Tem soluções que podem fazer o maldito trânsito melhorar, e sem fazer obra nenhuma, mas parece que não se tem vontade de melhorar, quero dizer, de ser menos pior! Coloco-me ao vosso inteiro dispor para dar as sugestões de um morador (sofredor da Vila Caminho do Mar).

Luís Sarasá, São Bernardo

Tiro no pé?

As mudanças nos comandos da Polícia Militar no Grande ABC renovam nossa confiança em mudanças e merecem nosso incondicional elogio. Estranho parece ser a manifestação de policial militar apoiador da campanha política do pré-candidato a prefeito, dissidente do governo. Em discurso enuncia duras críticas à Segurança na cidade, alegando falta de viaturas e baixos salários, culpando disso a administração municipal. A gestão da Polícia Militar e a responsabilidade pelas verbas não são do governo estadual? E o candidato que critica não fez parte do governo até ontem? É tiro político no pé do candidato, com arma de policial militar?

Ruben J. Moreira, São Caetano 




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