Morrem anualmente no mundo vítimas de acidentes de trânsito 1,2 milhão de pessoas
Morrem anualmente no mundo vítimas de acidentes de trânsito 1,2 milhão de pessoas. Por conta dessa imensa brutalidade, a ONU (Organização das Nações Unidas) está promovendo uma década de ações para a segurança do trânsito, para o período 2011-2020. O Brasil participou da Conferência de Moscou, de novembro 2009, que aprovou esta iniciativa. A meta é a redução do índice de 50% em dez anos, por meio de ações eficientes dos governos e da sociedade civil, em todos os níveis e âmbitos de competência.
Segundo estudo publicado pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2006, com dados coletados em 2004 e 2005, o custo social anual dos acidentes em rodovias é da ordem de R$ 24,6 bilhões, estimando em R$ 8,1 bilhões a parcela correspondente aos acidentes nas rodovias federais e R$ 16,5 bilhões nas estaduais. A pesquisa constatou que o custo médio do acidente com feridos fica em torno de R$ 90 mil e com mortes esse valor chega a R$ 421 mil.
Vale lembrar que nos países que reverteram a curva de acidentalidade, programas de segurança viária foram assumidos pelo poder central, não apenas com gestos importantes no campo da comunicação, mas com efetivo direcionamento de recursos. Em 6 de abril de 2011, a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, na 54ª Legislatura pela Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, lançou manifesto dos parlamentares que, em síntese, pretende exigir dos governos a adoção do Plano de Ação da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Mas, qual é a diferença entre a abordagem atual da segurança de trânsito no Brasil e a abordagem recomendada pela ONU? Na análise do documento Global Plan for the Decade of Action for Road Safety 2011-2020 destacam-se claramente três temas para os quais a década pode ser a ocasião de progressos decisivos:
Restaurar um sistema nacional de coleta de dados e de estatísticas;
Aumentar a segurança inerente às redes viárias;
Organizar e colocar em prática uma gestão nacional da segurança do trânsito.
As avaliações serão feitas pela ONU periodicamente e, conjuntamente com o modelo de plano de ação, a ONU publicou os indicadores em função dos quais serão avaliados os resultados mundiais da década de ações de segurança no trânsito. A avaliação será feita cada ano pela ONU, para cada país.
Várias entidades, capitaneada pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), elaboraram um plano nacional de redução de acidentes e segurança viária para a década 2011-2020 e entregarão aos governos federal, estaduais e municipais um texto produzido com a contribuição das organizações governamentais e não governamentais reunidas pelo Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito, com sugestões recolhidas de reuniões da comissão de trânsito da ANTP, do Instituto de Engenharia e do Cedatt para a proposta do governo brasileiro à resolução da ONU, do qual é signatário. As recomendações que serão apresentadas compreendem um conjunto de medidas que visam, a curto, médio e longo prazos, reduzir os níveis atuais de mortalidade e lesões por acidentes de trânsito no País, tendo como meta o índice de redução proposto pela resolução da ONU de 50% em dez anos, por meio de ações eficientes dos governos, em todos os níveis e âmbitos de competência, que incluem, necessariamente, a aplicação dos recursos arrecadados efetivamente no combate à violência no trânsito, e do envolvimento da sociedade civil, no campo da fiscalização e da educação de trânsito, da Saúde e da segurança viária e veicular.
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