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Casas históricas da vila de Sto.André vão mudar de cor
Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
10/09/2011 | 07:30
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A cor marrom das casas da parte baixa de Paranapiacaba vai deixar de existir. Isso porque não é o tom original das construções da vila andreense. Estudo iniciado há 90 dias, ao custo de R$ 15 mil, apontou que as cores originais são os tons claros, como pastel, amarelo e verde, com janelas verdes e azuis. As fachadas de 298 imóveis devem ganhar cara nova a partir de outubro, em esquema de mutirão.

Segundo o secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Eduardo Sélio Mendes Junior, a desconfiança de que as casas não eram nas cores atuais surgiu por meio do relato de moradores. "Quando solicitamos que eles fizessem a manutenção dos imóveis da vila, alguns começaram a lixar as paredes para pintura e encontraram até três camadas de tintas diferentes."

A cor marrom se deve ao hábito de reaproveitar materiais da ferrovia. Assim como os postes de Paranapiacaba, feitos com trilhos de trem, as casas recebiam a tinta que sobrava da pintura dos vagões de carga da Rede Ferroviária Federal, antiga proprietária da vila.

O estudo identificou também que as cores das casas variavam conforme os proprietários. As dos engenheiros, dos solteiros, dos funcionários da ferrovia, recebiam pinturas diferentes para destacar a quem pertenciam.

A próxima fase inclui a elaboração de um manual com as novas cores, que deve ficar pronto nos próximos 30 dias. Depois, será realizado mutirão para a pintura das casas. "Temos parceiros interessados em fornecer as tintas", destacou Mendes Júnior.

A expectativa é iniciar a mudança a partir de outubro. Porém, como a vila é patrimônio tombado, o processo precisa de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e dos conselhos do patrimônio estadual e municipal.

"Esse processo pode atrasar um pouco a pintura, mas a expectativa é fazer a mudança até o fim do ano", afirmou.

RESTAURAÇÃO
Além da pintura, deve ser concluída até dezembro a restauração da passarela que liga a parte alta à parte baixa de Paranapiacaba. A obra está em fase de aprovação nos órgãos de patrimônio e deve ser bancada pela empresa que opera a linha férrea, a MRS, que ainda não tem previsão de custo.

O secretário pretende apresentar até o fim do ano projeto para obras de pavimentação, drenagem e acessibilidade na vila. "Paranapiacaba não pode receber cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida, mas vamos mudar essa realidade no ano que vem."




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